EM SÃO MIGUEL O ANJO

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A POESIA NÃO DORME



A POESIA NÃO DORME

Durante a noite calada,
Já quando assenta a acalmia,
Minha alma sossegada,
Passeia de madrugada,
Nos passos da poesia.

Desperta a mente, acordada,
Sem sono por teimosia;
Entrega-se à desfolhada,
Onde a vida versejada,
Vai ser doada de dia



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

ATALHOS - POESIA DE JOSÉ FARIA


Prefácio do meu segundo livro de poesia: 
"ATALHOS"
Vem de longe esta tendência e predisposição de versejar.
Ainda criança e a frequentar a escola primária, já elaborava uma ou outra quadra, fazendo referência a datas festivas e tradicionais, como o Natal, São João, São Martinho, Carnaval, Páscoa, e de outros momentos festivos.
Como cronista e redator de um jornal local, sempre divulguei situações do dia-a-dia das populações, incluindo na forma versejada, para promover e enaltecer eventos culturais e religiosos e outras vivências sociais e culturais da comunidade.
Nessa crescente dedicação à poesia, passando pela participação, coordenação e declamação em muitas tertúlias, publiquei conjuntamente com outros poetas, em coletâneas na Maia e em Matosinhos.
Em 2006 publico o meu primeiro livro “Contos e Versos do Meu Caminho”, editado pela Papiro Editora, onde está presente e subjacente o texto explicativo à história de cada poesia, situando-a no tempo e no espaço.
Motivadores e de constante criação poética, os encontros e convívios culturais de poesia, que apresentavam sempre um novo tema em cada sessão, reforçaram ainda mais a “fabricação” de poemas e mais poemas. Essa entrega, participação e colaboração, viriam a reforçar o hábito de quase diariamente construir poesia e quadras de mensagem, pensamentos ou de divulgação de casos pontuais; muitos registados e declamados em letra e vídeo, nas redes sociais, como o facebook e nos meus blogs. http://faria-palavrasvivas.blogspot.com e http://pedalnovo.blogspot.com e no http://youtube.com/TheBoimorto
É nessa entrega de gosto e dedicação que vai crescendo sempre o volume de poesia em sonetos e quadras soltas e livres, testemunho da minha vivência, ocupação e pensamento. Quadras soltas e livres que vão servindo de mote à conclusão de novas mensagens poéticas, onde se misturam os vários géneros literários.
Por este constante versejar e “fabricar de “poesia; e porque qualquer obra só o é quando do conhecimento do público, entendi publicar “ATALHOS”, porque o caminho da vida é feito de muitos pequenos caminhos e… atalhos.

José Luís Silva Faria

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

ATALHOS



O percurso aveludado,
Áspera terra batida;
De chão duro cascalhado.
Só plano, ou só subida;

É caminho assim criado,
Que se alonga em cada lida;
De maior ou menor fardo,
Só pertence a cada vida.

É obra da natureza,
Mistério de todo o tempo.
De tanta luta e trabalhos;

Misteriosa essa grandeza,
Dos passos do pensamento,
Por caminhos e atalhos.

 José Faria