EM SÃO MIGUEL O ANJO

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

MOINHOS DE ARDEGÃES


 MOINHOS DE ARDEGÃES

Há muito se perdera os moinhos de Ardegães, em Águas Santas, Maia, nas margens do rio Leça.

Só ruínas restam deles e parte do “esqueleto” daquela capela velhinha, que integrava todas as vidas dos moleiros, onde se faziam ouvir as suas preces a favor das correntes que movimentavam as mós.

Nova e moderna, só a capela do Senhor dos Aflitos, sobranceira ao açude, de traseiras viradas para o que resta da velha capela dos moleiros, da margem esquerda do rio, que integrava o grande moinho de muitas mós.


Vale-nos no presente a boa e moderna recuperação que se fez numa boa parte desses moinhos de habitação.

 

José Faria

 

OS MARCOS MILIARES DA MAIA E DO CAMINHO

 MARCOS MILIARES

E A PEDRA ROMANIZADA DA CALÇADA

Os marcos miliares foram colocados pelos romanos ao longo das vias romanas.  Para além de serem indicadores de distância, de milha em milha, (milia passuum 1.481,50m), os marcos contêm outras informações, incluindo o nome do imperador que o mandou erigir”.
A Via Romana Bracara-Cale (Braga-Porto) que vai do Porto à Trofa (Bougado – São Martinho e Santiago, Alvarelhos e Muro- três freguesias do atual concelho da Trofa por onde “passava” a antiga Via Romana).

A ‘Via romana de Braga ao Porto’ foi edificada durante o período de romanização do atual território português, identificada por oito marcos miliários pertencentes à antiga Via XVI, destinada a ligar as importantes cidades de Bracara Augusta (Braga) e de Olisipo (Lisboa), a primeira das quais constituía, ao tempo, o núcleo urbano mais relevante de todo o Conventus Bracaraugustanus.

Os miliários em análise foram mandados colocar ao longo de cerca de 20 anos, durante os impérios de Publius Aelius Traianus Hadrianus (Adriano) (76-138 d. C.), Marcus Aurelius Antoninus – Caracala – (c. 186-217 d. C.) – a quem se deveu a elevação de Bracara Augusta a capital da ‘Galécia’ (a actual Galiza) -, Flavius Galerius Valerius Licinianus Licinius (250-325 d. C.) e, por fim, de
Flavio Giulio Costante (321-356 d. C.). [Amartins]”.

“O itinerário romano de Bracara Augusta a Olisipo (Braga-Lisboa) estabeleceu a rota definitiva entre as cidades, que subsiste até hoje, sobrepondo-se sucessivamente a Estrada Real e a Estrada Nacional 1 até Conimbriga, mas a partir daqui a via segue para Seilium, a atual cidade de Tomar enquanto a EN 1 deriva para poente, por um outro trajeto também romano que ligava Conimbriga às civitas de Collippo, na região de Leiria e Eburobritium, junto a Óbidos. O itinerário utiliza várias vias romanas independentes; inicialmente seguia a via romana de Bracara a Cale (Braga-Porto) num total de 35 milhas para um trajeto hoje praticamente seguro e bem documentado por inúmeros miliários (com pelo menos 25 referências)


“No entanto, o maior  numero de marcos miliares, encontram-se no caminho de Santiago, a partir de Braga, pelo caminho da Geira e dos Arrieiros, quão é a verdadeira estrada romana em si, precisamente pela quantidade de marcos.

“Incluindo o primeiro em Santa Cruz, os marcos estão presentes durante a maior parte das 25 milhas romanas seguintes, por vezes cobertos de musgo nas profundezas da floresta. Curioso é o facto de haver em alguns pontos, vários marcos marcando o mesmo local, devido ao facto de, quando os imperadores subiam ao trono, muitas vezes ordenavam a construção de novos marcos contendo novas inscrições em sua homenagem.”



…” (Itinerários das vias Romanas).

Fontes: - Notícias da Trofa e https://spiritofthecamino.com/caminho-geira-arrieiros-highlights/

 

 

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

ESCOLA DE DECLAMAÇÃO

Fragmentos da história e da arte de palco.

A ESCOLA DE DECLAMAÇÃO FOI CRIADA
A 15 DE NOVEMBRO DE 1836

A arte dramática portuguesa tinha anda, contudo, um longo caminho
a percorrer, pois que, salvo as tímidas tentativas que iam sendo ensaiadas
no Teatro da Rua dos Condes ou no do Salitre, maioritariamente com
"macaquices francesas", como foram apelidadas pelo dramaturgo de Frei
Luís de Sousa as traduções representadas, não havia escola de atores em
Portugal Ê, então, que João Baptista de Almeida Garrett resolve propor a
mais audaz reforma do ensino artístico alguma vez posta em prática entre
nós: por decreto de 15 de novembro de 1836, é criada a Inspeção Geral
dos Teatros e, simultaneamente, estabelecido o Conservatório Geral de Arte
Dramática de Lisboa teria, finalmente, uma instituição dedicada à formação
de atores, a par com o ensino da música e da dança.
Teoricamente, estavam lançadas as disposições legais que possibilitavam
o surgimento de uma nova era para as artes dramáticas portuguesas, visto
que a proposta garretteana abarcava um programa pedagógico para criar
atores, visava um novo repertório dramático, através do lançamento de
concursos para novos dramaturgos, e pugnava por um projeto arquitetónico
que fizesse surgir um novo Teatro Nacional.
Na prática, para além de todo o complexo trabalho de organização da nova estrutura, só faltava encontrar um espaço onde o dito Conservatório pudesse funcionar.
A sorte caiu no edifício do extinto Convento dos Caetanos, que se encontrava devoluto desde que Joaquim António de Aguiar decretara o fim das ordens religiosas e o confisco de todos os seus bens O "outrora asilo ameno de sábios" recebeu, então, a 12 de janeiro de 1837, a Escola de Música, a Escola de Dança e a Escola de Declamação, sendo que esta Última se revestiu de uma importância especial, dado que dela sairia a futura Companhia de Atores
Nacionais, instruídos pelos melhores atores dos teatros de Lisboa.
Fonte: - https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10211.pdf
TEATRO AO GOSTO DE ALMEIDA GARRETT
(Por José Faria)

domingo, 12 de novembro de 2023

CASA DO ALTO, PASSADO E PRESENTE.

 A CASA DO ALTO

Foi grande mansão da agricultura,
De um tal senhor Arnaldo Ferreira;
Que tudo legou numa certa altura,
Deixou a lavoura, de tanta canseira.
 
Desconhece a história de fonte segura,
Saber do passado? – há uma barreira;
Mas aqui a lavoura não teve rotura,
Por um lavrador e uma lavradeira.
 
O Manuel do alto e a Florinda,
Com o filho Neca sempre a ajudar,
Foram caseiros desse legado;
E Casa do Alto se chama ainda,
Outro serviço anda a prestar.
Ao fim de vida, ao recém-chegado.
 
Teve o município grata decisão,
Pensando no bem comunitário,
Comprou os terrenos e a mansão,
Pela terceira idade e um berçário.
 
Por mais serviços de formação,
Por um bem servir tão solidário
Os terrenos foram para habitação
Para os de fraco recurso monetário.
 
O lugar aprazível envolvente,
Com parque de merendas e lazer,
Foi campo de cultivo e lameiro;
 
É joia de Pedrouços no presente,
Quis o lidador moderno oferecer,
O estadista que na Maia foi obreiro.

José Faria

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

ESCOLA DAS ENXURREIRAS NA POESIA DE PEDROUÇOS

8ª SARAU CULTURAL DE GRACIOSIDADES

COM ARTE POÉTICA DE TODAS AS IDADES

A tertúlia de poesia mensal, encheu o auditório Augusto Simões, da junta de freguesia de Pedrouços, com a graça poética e canto das crianças da escola das Enxurreiras, que, juntamente com poetas e poetizas, preenchera, culturalmente a tarde de 9 de novembro de 2023.

Acompanhadas das respetivas professoras, os pequenos alunos atuaram, cantando em grupo coral, e declamaram poesia adequada ao seu tempo. O tema do canto e da poesia, contemplou as várias facetas do outono.
 
Animado o evento com a colaboração do poeta, cantor e músico, Manuel Bastos, o Sarau Cultural recordou o poeta Papiniano Carlos que, também a 9 de novembro, há 105 anos, nasceu em Lourenço Marques (Maputo), e viveu cerca de 40 anos em Pedrouços.
Este 8º Sarau Cultural de Pedrouços, contou com a participação na leitura de poesia, da Sra. presidente da autarquia Isabel Carvalho, José Faria, Rosa Faria, Rogério Barbosa, Maria Helena Ribeiro, Maria Beatriz Ferreira (Maria Santos), Beatriz Maia, Dina Magalhães, José Oliveira Ribeiro, Virgílio Gonçalves, Maria de Fátima Passos, Mário Marques Almeida, Teresa Viana, Ninocas Maria, e Ana Maria Correia.
A primeira parte, e após a atuação e intervenção das crianças estudantes, compreendeu poesia infantil, que preenchia em maior número a plateia.
Já na segunda parte, depois das graças concedidas às professoras e aos alunos, que se ausentaram antes que a chuva voltasse, voltou-se à habitual poesia livre.
O Sarau terminou com o sorteio do livro “Poemas e Versos – A Razão de Eu Ter Nascido”, oferecido pelo seu autor, José Oliveira Ribeiro, que contemplou o nº 7 na posse de Dina Magalhães, a quem foi entregue.
O encerramento foi contemplado com o canto e música de Manuel Bastos.

José Faria