EM SÃO MIGUEL O ANJO

quarta-feira, 28 de abril de 2021

ADORMECIMENTO SOCIOCULTURAL ATUAL

 

DESPERTAR SOCIAL E CULTURALMENTE
É O MAIOR PROBLEMA DO PRESENTE

Quem ama o futebol ou o seu clube, mais que a sua própria família;
Quem ama mais o seu Partido político, mais que a sua própria família;
Quem ama mais os deuses, que nunca os viu e os desconhece, do que a sua própria família;
Quem vai na onda e é ludibriado pelo consumido fácil, supérfluo e exacerbado, e não se defende;
Quem acredita que os seus passos, a sua vida, o seu destino, não é da sua responsabilidade;
Quem acredita na lenda do pai natal e do menino Jesus uma vez por ano;
Quem elege e acredita em pacóvios, podres, ladrões e estragados, sem analisar as suas capacidades;
Quem anda a reboque dos outros e dos sistemas e não de si mesmo;
Quem ignorantemente acredita na utopia do político oportunista ou religioso charlatão;
Quem foge à responsabilidade de defender a sua própria dignidade;
Todas e todos quantos se encontram nestas condições, (e noutras semelhantes) contribuem para o adormecimento social e cultural,  de toda e qualquer comunidade humana.
 
- Minha opinião pessoal. - José Faria

 

terça-feira, 27 de abril de 2021

O CULTO DA INCOMPETÊNCIA

DESPERTAR

- Mantém-se em voga todo o legado,
- Nas comunidades, nada de novo;
- Em todos os governos e formas de estado,
- De soberano somente o povo.

 

- Princípios dos regimes de governação

“Como cada forma de governo deve ter um princípio, uma ideia geral que o inspire, tem sido constante objeto de curiosidade o determinar-se qual o regime que corresponde a cada um dos diversos governos que vão tomando ou ocupando o poder da governação.
Já Montesquieu dizia, por exemplo, que o princípio da monarquia é a honra, o do despotismo (governo absoluto e de prepotência), o terror e o da república a virtude, ou seja, o patriotismo, mas lembrando que os governos declinam e caem pelo excesso ou abandono do princípio em que se baseiam.

Semelhante asserção, embora paradoxal, é verdadeira. De facto, à primeira vista, não se compreende como o despotismo pode cair por inspirar terror excessivo, a monarquia moderada por desenvolver excessivamente o sentimento da honra, e a república por um aumento de virtude, e, contudo, repetimos, nada há mais conformidade que esta verdade.
O abuso do terror traz o esgotamento deste, pois quando se quiser lançar mão do terror, é necessário ter-se a certeza de que poderá ser sempre empregado.
Por outro lado, a honra nunca é demais; mas sempre que apenas se apela para esse sentimento e se multiplicam as dignidades, as distinções, os penachos, os galões, as honrarias… como estas não podem aumentar indefinidamente, suscitam a hostilidade dos que as não possuem e dos que, fruindo-as, nunca se consideram, todavia, suficientemente galardoados.  

Por isso, é fora de dúvida que a virtude e, especialmente, o patriotismo, por maiores que sejam, nunca são prolixos, sendo a queda dos governos, neste caso, devida mais ao abandono do que ao excesso do seu princípio basilar.
Apesar disso, quando se exige de um país excessiva dedicação, acaba-se por ultrapassar as forças humanas e estancar as mais pródigas virtudes.
Foi o que aconteceu exatamente com Napoleão, que porventura involuntariamente, teve exigências excessivas para a construção da França maior e mais grandiosa.
Apesar do governo de Napoleão ser uma república, pecou pelo excesso de sacrifícios exigidos aos cidadãos em prol da pátria, pois era mais uma república análoga à romana e à francesa de 1792. O seu lema era: “Tudo pela glória do país” e “heroísmo sempre e através de tudo”.
Por isso, a virtude cívica exigida excessivamente, acaba por se esgotar.
E é assim que os governos se arruínam pelo excesso como pelo abandono dos seus princípios fundamentais.” (…/…)

DESPERTAR - Parte 2

- Mantém-se em voga todo o legado,
- Nas comunidades, nada de novo;
- Em todos os governos e formas de estado,
- De soberano é somente o povo.
 
“Disse um dia Aristóteles a Montesquieu que “Os que creem ter encontrado a base de um governo, levam ao extremo as consequências do princípio que estabeleceram, ignorando que, embora o nariz, afastando-se um pouco da sua linha reta, de todas a mais bela, se transforme em aquilino ou arrebitado, conserva ainda parte da sua beleza; mas que, se o afastamento for excessivo, esta parte componente da pessoa perderá as suas justas proporções, podendo até dar-se o caso, de o nariz deixar de o ser.”
Esta comparação aristotélica aplica-se com muita propriedade a todos os governos.
Partindo destas ideias gerais, muitas vezes perguntamos a nós mesmos qual seria o princípio dos democratas no relativo ao seu governo interno, e não tivemos necessidade de empregar grandes esforços para percebermos que esse princípio era o culto da incompetência. (…/…)”

(Fragmentos de “O culto da Incompetência” de Émile Faguet, 1919.)
Por José Faria

segunda-feira, 19 de abril de 2021

O REGRESSO DAS JUMENTINHAS

AS INVASÕES FRANCESAS

E A FUGA DAS JUMENTINHAS

terceira invasão francesa que teve início em julho de 1810 e terminou precisamente no mês de abril, mas em 1811, deixaram rastos de destruição e de “gamanço” por passaram.
Em Gueifães, do concelho da Maia, o exército francês, bem se abasteceu numa grande quinta de um senhor feudal, um ricaço maiato de renome. Aí pernoitaram, encheram a mula, roubaram tudo quanto quiseram e puderam transportar, até duas burritas levaram.


Mas as jumentinhas foram mais espertas do que eles, e piraram-se sem que eles dessem por isso, e segundo a lenda, compuseram o desfalque de que sofrera o grande senhor de Gueifães. Isto, fazendo fé na lenda de LENDAS DA MAIA.


domingo, 18 de abril de 2021

LENDA DE SÃO ROMÃO E OS LEPROSOS

Lendas da Maia - autor - José Faria

A ALMA RESISTENTE DA ÁRVORE FREIXO
E A LENDA PARA VERMOIM

Tal como o velho freixo venerado pelo povo, que se encontra em Freixo de Espada à Cinta junto da igreja matriz, também o secular freixo maiato frente à igreja de São Romão de Vermoim, faz parte destas cerca de 21 “velhas guardas” ainda existentes em Portugal.

Pela sua secular idade, o freixo de Vermoim, que mora frente à igreja,  poderá ter “assistido” ao nascimento de Joana D’Arc em 30 de maio de 1431, bem que poderia ter influenciado o nome desta terra onde nasceu e vive, que poderia chamar-se “Vermoim de Freixo ou Freixo de Vermoim”, como acontece com Freixo de Espada à Cinta, Freixial, Freixofeira, Freixieiro, Freixo de Cima, Freixo de Numão…

Freixo de Vermoím - Maia

Pode dizer-se que a árvore de freixo é maravilhosamente resistente e sagrada, que foi muito utilizada nos cultos das antigas religiões pagãs. Pelo menos eram sagradas para o povo Celta, escandinavo e grego.
Merece todo o nosso respeito até pela nossa saúde, tão indicada que é para nos tratar de muitas maleitas.
Além disso, reza a lenda, que D. Dinis terá adormecido à sombra de um secular freixo e que durante o sono o espírito da árvore lhe revelou o que deveria fazer para o bom futuro de Portugal.

Outra lenda relacionada com esta árvore, acrescenta que o Deus Odin (um Deus nórdico nomeado como o pai de todos), se enforcou num freixo, acreditando que assim atingiria a iluminação divina.

ÀS VOLTAS COM AS LENDAS DA MAIA

Ora, na procura e criação de lendas para as 17 freguesias da Maia, como em Vermoim também não encontrei nenhuma interessante e de interesse popular, baseei-me na história, na vida de São Romão e na memória do velhinho Freixo de Vermoim.

E assim, esta freguesia agora integrada na FREGUESIA DA MAIA, pela união das freguesias Gueifães, Vermoim e Maia, passa também a ter a sua lenda em LENDAS DA MAIA, a que dei título de “Lenda de São Romão e os Leprosos”.

José Faria

sábado, 17 de abril de 2021

GONDIM DA MAIA

 
GONDIM ESTÁ NO CASTELO DA MAIA
MAS JÁ TEM LENDA.

Gondim foi a mais pequena região administrativa do concelho da Maia, e juntamente com as freguesias de São Pedro de Avioso, Santa Maria de Avioso, Gemunde e Barca, constituem a atual união de freguesias do Castelo das Maia.


Como mantenho presente ainda (e muito bem) as então 17 freguesias da Maia, reuni as lendas que me foi possível encontrar; e nas freguesias onde não encontrei vestígios de lendas populares, dei-me ao criativo e cultural cuidado de as criar.
Em Gondim, onde foi presidente o meu saudoso amigo Azenha, colaborador como eu do então Jornal da Maia, apesar das pesquisas, e de questionar alguns anciãos gondinenses, não encontrei algo significativo referente a histórias ou lendas da terra; nem na origem do nome de GONDIM que nem do dicionário consta, supondo-se somente, que parece ter origem em Cerdal (Santa Eulália) Viana do Castelo, de uma família com o nome de Gondim, da Ordem de Cristo, cujos elementos se distribuíram por várias terras, incluindo o Brasil onde se verifica mais Gondim como nome pessoal.

Tal como a outras freguesias que não tinham lenda, contemplei Gondim com a 

LENDA DO DIVINO SALVADOR”
A apresentação/lançamento das 23 lendas, será no dia 23, aqui online, em homenagem ao dia Mundial do Livro,
altura em farei uma breve introdução à obra cultural LENDAS DA MAIA.

José Faria