EM SÃO MIGUEL O ANJO

domingo, 10 de dezembro de 2023

MEU TEMPO DE CAMINHO

                     O MEU TEMPO

No caminho de Santiago pela costa

Tudo tem um tempo e eu tenho o meu,
Feito de atalhos, é o meu caminho;
Respeito a vida que a natureza me deu,
Sou só um mundo tão pequenino.
 
Neste meu tempo que cresce e cresceu,
Faseado nos passos que dou sozinho;
Há o tempo passado que já morreu,
E o que dá voltas nas voltas do linho.
 
Os pedaços de vida, da existência,
Que fazem o todo da caminhada,
De qualquer ser da mãe natureza;
 
Formam o saber, toda a grandeza,
Toda a extensão da nossa estrada,
Se de tudo isso houver consciência.

José Faria

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

 PRESÉPIO NO CIMO DO MONTE

No cimo do monte, da Casa do Alto,
Olhando o horizonte, a lonjura do mar;
Nesse miradouro, em verde planalto,
Criei um presépio de paz e de luar.
 
Longe da humanização e do asfalto,
Só na natureza comigo a pensar;
No mundo tão pobre, em sobressalto,
Que nem a própria vida sabe respeitar.
 
Com arte tão nobre de simplicidade,
De figuras criadas de serapilheira,
No cimo do monte, nas noites ao léu;
 
Transmitem a paz, e até santidade,
Respeito à vida e à humanidade,
A sagrada família a olhar o céu.
 
José Faria
 


quarta-feira, 29 de novembro de 2023

MOINHOS DE ARDEGÃES


 MOINHOS DE ARDEGÃES

Há muito se perdera os moinhos de Ardegães, em Águas Santas, Maia, nas margens do rio Leça.

Só ruínas restam deles e parte do “esqueleto” daquela capela velhinha, que integrava todas as vidas dos moleiros, onde se faziam ouvir as suas preces a favor das correntes que movimentavam as mós.

Nova e moderna, só a capela do Senhor dos Aflitos, sobranceira ao açude, de traseiras viradas para o que resta da velha capela dos moleiros, da margem esquerda do rio, que integrava o grande moinho de muitas mós.


Vale-nos no presente a boa e moderna recuperação que se fez numa boa parte desses moinhos de habitação.

 

José Faria

 

OS MARCOS MILIARES DA MAIA E DO CAMINHO

 MARCOS MILIARES

E A PEDRA ROMANIZADA DA CALÇADA

Os marcos miliares foram colocados pelos romanos ao longo das vias romanas.  Para além de serem indicadores de distância, de milha em milha, (milia passuum 1.481,50m), os marcos contêm outras informações, incluindo o nome do imperador que o mandou erigir”.
A Via Romana Bracara-Cale (Braga-Porto) que vai do Porto à Trofa (Bougado – São Martinho e Santiago, Alvarelhos e Muro- três freguesias do atual concelho da Trofa por onde “passava” a antiga Via Romana).

A ‘Via romana de Braga ao Porto’ foi edificada durante o período de romanização do atual território português, identificada por oito marcos miliários pertencentes à antiga Via XVI, destinada a ligar as importantes cidades de Bracara Augusta (Braga) e de Olisipo (Lisboa), a primeira das quais constituía, ao tempo, o núcleo urbano mais relevante de todo o Conventus Bracaraugustanus.

Os miliários em análise foram mandados colocar ao longo de cerca de 20 anos, durante os impérios de Publius Aelius Traianus Hadrianus (Adriano) (76-138 d. C.), Marcus Aurelius Antoninus – Caracala – (c. 186-217 d. C.) – a quem se deveu a elevação de Bracara Augusta a capital da ‘Galécia’ (a actual Galiza) -, Flavius Galerius Valerius Licinianus Licinius (250-325 d. C.) e, por fim, de
Flavio Giulio Costante (321-356 d. C.). [Amartins]”.

“O itinerário romano de Bracara Augusta a Olisipo (Braga-Lisboa) estabeleceu a rota definitiva entre as cidades, que subsiste até hoje, sobrepondo-se sucessivamente a Estrada Real e a Estrada Nacional 1 até Conimbriga, mas a partir daqui a via segue para Seilium, a atual cidade de Tomar enquanto a EN 1 deriva para poente, por um outro trajeto também romano que ligava Conimbriga às civitas de Collippo, na região de Leiria e Eburobritium, junto a Óbidos. O itinerário utiliza várias vias romanas independentes; inicialmente seguia a via romana de Bracara a Cale (Braga-Porto) num total de 35 milhas para um trajeto hoje praticamente seguro e bem documentado por inúmeros miliários (com pelo menos 25 referências)


“No entanto, o maior  numero de marcos miliares, encontram-se no caminho de Santiago, a partir de Braga, pelo caminho da Geira e dos Arrieiros, quão é a verdadeira estrada romana em si, precisamente pela quantidade de marcos.

“Incluindo o primeiro em Santa Cruz, os marcos estão presentes durante a maior parte das 25 milhas romanas seguintes, por vezes cobertos de musgo nas profundezas da floresta. Curioso é o facto de haver em alguns pontos, vários marcos marcando o mesmo local, devido ao facto de, quando os imperadores subiam ao trono, muitas vezes ordenavam a construção de novos marcos contendo novas inscrições em sua homenagem.”



…” (Itinerários das vias Romanas).

Fontes: - Notícias da Trofa e https://spiritofthecamino.com/caminho-geira-arrieiros-highlights/

 

 

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

ESCOLA DE DECLAMAÇÃO

Fragmentos da história e da arte de palco.

A ESCOLA DE DECLAMAÇÃO FOI CRIADA
A 15 DE NOVEMBRO DE 1836

A arte dramática portuguesa tinha anda, contudo, um longo caminho
a percorrer, pois que, salvo as tímidas tentativas que iam sendo ensaiadas
no Teatro da Rua dos Condes ou no do Salitre, maioritariamente com
"macaquices francesas", como foram apelidadas pelo dramaturgo de Frei
Luís de Sousa as traduções representadas, não havia escola de atores em
Portugal Ê, então, que João Baptista de Almeida Garrett resolve propor a
mais audaz reforma do ensino artístico alguma vez posta em prática entre
nós: por decreto de 15 de novembro de 1836, é criada a Inspeção Geral
dos Teatros e, simultaneamente, estabelecido o Conservatório Geral de Arte
Dramática de Lisboa teria, finalmente, uma instituição dedicada à formação
de atores, a par com o ensino da música e da dança.
Teoricamente, estavam lançadas as disposições legais que possibilitavam
o surgimento de uma nova era para as artes dramáticas portuguesas, visto
que a proposta garretteana abarcava um programa pedagógico para criar
atores, visava um novo repertório dramático, através do lançamento de
concursos para novos dramaturgos, e pugnava por um projeto arquitetónico
que fizesse surgir um novo Teatro Nacional.
Na prática, para além de todo o complexo trabalho de organização da nova estrutura, só faltava encontrar um espaço onde o dito Conservatório pudesse funcionar.
A sorte caiu no edifício do extinto Convento dos Caetanos, que se encontrava devoluto desde que Joaquim António de Aguiar decretara o fim das ordens religiosas e o confisco de todos os seus bens O "outrora asilo ameno de sábios" recebeu, então, a 12 de janeiro de 1837, a Escola de Música, a Escola de Dança e a Escola de Declamação, sendo que esta Última se revestiu de uma importância especial, dado que dela sairia a futura Companhia de Atores
Nacionais, instruídos pelos melhores atores dos teatros de Lisboa.
Fonte: - https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10211.pdf
TEATRO AO GOSTO DE ALMEIDA GARRETT
(Por José Faria)

domingo, 12 de novembro de 2023

CASA DO ALTO, PASSADO E PRESENTE.

 A CASA DO ALTO

Foi grande mansão da agricultura,
De um tal senhor Arnaldo Ferreira;
Que tudo legou numa certa altura,
Deixou a lavoura, de tanta canseira.
 
Desconhece a história de fonte segura,
Saber do passado? – há uma barreira;
Mas aqui a lavoura não teve rotura,
Por um lavrador e uma lavradeira.
 
O Manuel do alto e a Florinda,
Com o filho Neca sempre a ajudar,
Foram caseiros desse legado;
E Casa do Alto se chama ainda,
Outro serviço anda a prestar.
Ao fim de vida, ao recém-chegado.
 
Teve o município grata decisão,
Pensando no bem comunitário,
Comprou os terrenos e a mansão,
Pela terceira idade e um berçário.
 
Por mais serviços de formação,
Por um bem servir tão solidário
Os terrenos foram para habitação
Para os de fraco recurso monetário.
 
O lugar aprazível envolvente,
Com parque de merendas e lazer,
Foi campo de cultivo e lameiro;
 
É joia de Pedrouços no presente,
Quis o lidador moderno oferecer,
O estadista que na Maia foi obreiro.

José Faria

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

ESCOLA DAS ENXURREIRAS NA POESIA DE PEDROUÇOS

8ª SARAU CULTURAL DE GRACIOSIDADES

COM ARTE POÉTICA DE TODAS AS IDADES

A tertúlia de poesia mensal, encheu o auditório Augusto Simões, da junta de freguesia de Pedrouços, com a graça poética e canto das crianças da escola das Enxurreiras, que, juntamente com poetas e poetizas, preenchera, culturalmente a tarde de 9 de novembro de 2023.

Acompanhadas das respetivas professoras, os pequenos alunos atuaram, cantando em grupo coral, e declamaram poesia adequada ao seu tempo. O tema do canto e da poesia, contemplou as várias facetas do outono.
 
Animado o evento com a colaboração do poeta, cantor e músico, Manuel Bastos, o Sarau Cultural recordou o poeta Papiniano Carlos que, também a 9 de novembro, há 105 anos, nasceu em Lourenço Marques (Maputo), e viveu cerca de 40 anos em Pedrouços.
Este 8º Sarau Cultural de Pedrouços, contou com a participação na leitura de poesia, da Sra. presidente da autarquia Isabel Carvalho, José Faria, Rosa Faria, Rogério Barbosa, Maria Helena Ribeiro, Maria Beatriz Ferreira (Maria Santos), Beatriz Maia, Dina Magalhães, José Oliveira Ribeiro, Virgílio Gonçalves, Maria de Fátima Passos, Mário Marques Almeida, Teresa Viana, Ninocas Maria, e Ana Maria Correia.
A primeira parte, e após a atuação e intervenção das crianças estudantes, compreendeu poesia infantil, que preenchia em maior número a plateia.
Já na segunda parte, depois das graças concedidas às professoras e aos alunos, que se ausentaram antes que a chuva voltasse, voltou-se à habitual poesia livre.
O Sarau terminou com o sorteio do livro “Poemas e Versos – A Razão de Eu Ter Nascido”, oferecido pelo seu autor, José Oliveira Ribeiro, que contemplou o nº 7 na posse de Dina Magalhães, a quem foi entregue.
O encerramento foi contemplado com o canto e música de Manuel Bastos.

José Faria

domingo, 22 de outubro de 2023

O MÉRITO

Toda a realização meritória, seja de que tipo for, teve a sua origem no pensamento positivo; na sua evolução, no seu esforço, e na concretização do querer, na determinação.

Com a ajuda do autocontrole, da obstinação e do pensamento bem dirigido, o homem cresce, triunfa e prospera.

Porém, quando o homem é movido pela irreflexão, pela ganância, pela desonestidade, pela má vontade, pelo egoísmo, pela falta de solidariedade, ele decai e fracassa.

James Allen

James Allen foi escritor, filósofo e poeta. Escreveu sobre temas complexos como a fé, o destino, o amor, a paciência e a espiritualidade, mas teve o raro dom de conseguir expor os temas de forma tão clara e simples, que qualquer pessoa os pode compreender.
Nasceu em 1864, em Leicester, Inglaterra, de onde partiu aos 15 anos, com toda a família, rumo aos Estados Unidos. Contudo, dois dias depois de chegarem ao novo continente, o seu pai viria a falecer, o que obrigou a família a reorganizar-se. A morte do pai levou James Allen a abandonar a escola e a começar a trabalhar para ajudar a sustentar a família. Apesar de trabalhar durante muitas horas, Allen continuou a ler e a estudar os temas mais diversos.
Entre os seus autores preferidos, incluíam-se Shakespeare, Milton, Emerson, Buda, Jesus, Whitman e Lao-Tsé.
Todas as manhãs, andava pelas montanhas à volta da sua casa e aproveitava para refletir e meditar sobre os assuntos que lhe ocupavam a mente. Depois, regressava a casa e escrevia até à hora de almoço. À tarde, estava com a família, tratava da quinta, fazia jardinagem e jogava croquet com os amigos.
Faleceu em 1912, mas a obra que deixou fica para a posterioridade.

Fonte: - https://www.wook.pt/autor/james-allen/31338

terça-feira, 10 de outubro de 2023

OS MEUS SETE CAMINHOS

O CAMINHO É SEMPRE NOVO

Já fiz o caminho de bicicleta por 3 vezes, e se o meu caminho a pé (mais 3) não foi suficiente para absorver do muito que o caminho nos tem para dar, então, de bicicleta, nem se fala…quase nem é caminho, é pedalar e estar atento ao que vai a fazer e não ao que quer ver.

O muito pedalar rouba-nos o prazer de parar para observar, contemplar onde o devemos fazer; de meditarmos e agradecermos pela nossa existência, pela nossa vida e pela vida de todas as vidas. O sentimento mais sentido, a emoção do caminho, da vida e do constante milagre de todos os milagres do universo… está nos nossos passos calmos, tranquilos, alegres e agradecidos, vagarosos e pensativos, durante todo o caminho de Santiago de Compostela.

 De bicicleta quase todo esse sentimento e perceção se perde no pedalar, no esforço, na atenção da condução, no equilíbrio e na velocidade.

Por isso, por muitas vezes que se faça o caminho a pé, fica sempre muito por se ver, por se contemplar, por se aprender e por se agradecer.

O meu primeiro caminho “só” e a pé, foi o da costa (2021). Depois veio-o o Caminho Português (2022) e no ano seguinte o Caminho da Geira e dos Arrieiros (2023).

Penso que a experiência e vivência com os meus passos e com a natureza, neste meu quarto caminho, me dotou de mais conhecimento e de gratidão à vida e à mãe natureza que nos criou e nos alimenta, e ao místico e motivador que há no caminho que a história do Apóstolo Tiago enaltece.

Assim, conclui-o que por muitas vezes que se faça o caminho, (qualquer deles), mesmo que seja sempre o mesmo, nunca é o mesmo sempre que o fazemos de novo; pois se muita coisa já vimos e sentimos, muito mais há a descobrir que nunca vimos nem sentimos.

Daí ansiar voltar ao caminho, para concluir o 7º Caminho, porque o número SETE tem muito que se lhe diga;

Os nossos antepassados só contavam 7 planetas,

São 7 as cores primitivas,

Também as maravilhas do mundo são 7,

7 São os sábios da Grécia,

Foram 7 os generais destinados à conquista de Tebas,

O tempo está dividido em 7 dias, (semana),

Na música soam 7 notas musicais, (DÓ RÉ MI FÁ SÓ LÁ SI)

Durante muitos e muitos anos só eram conhecidos 7 metais;

E este número 7 misticamente, encontra-se repetido muitas vezes na bíblia;

- São 7 as testemunhas, as 7 igrejas, os 7 candeeiros, as 7 lâmpadas, as 7 estrelas, os 7 anjos, as 7 trombetas, as 7 pragas do Egipto, as 7 cabeças do dragão e as 7 diademas que traziam.

No catecismo temos os 7 salmos de penitência, as 7 alegorias, as 7 dores da Virgem, os 7 dons do Espírito Santo, os 7 sacramentos, os 7 pecados capitais e ainda as 7 partes do ofício ou as horas canónicas.


Por isso tomem nota e respeitem o número sete e não se esqueçam de tudo quando nele encerra, e que é o 7 de todos os setes, incluindo também o meu 7º Caminho a Santiago que espero que Santiago permita que o faça em 2023.

Obrigado pela leitura e bom caminho, da existência e de Santiago.

José Faria

 

terça-feira, 12 de setembro de 2023

VI CONVÍVIO SÉNIOR DE PEDROUÇOS - MAIA

O VI CONVÍVIO SÉNIOR DE PEDROUÇOS…
FOI MAIS UM DIA HISTÓRICO PEDROUCENSE!
 

O Passeio convívio para a terceira idade de Pedrouços, organizado pela Junta de Freguesia, encheu 9 camionetas de boa gente pedroucense e maiata.

Com a colaboração e constante vigilância e acompanhamento, dos Bombeiros de Pedrouços, a grande excursão partiu da av. Nossa Senhora da Natividade, com destino a Viana de Castelo, com paragem e visita a Esposende, uma bela cidade portuguesa localizada na sub-região do Cávado, pertencendo à região do Norte e ao distrito de Braga. 

Depois de um pequeno almoço tardio e do “fazer xixi” como aconselhou o guia da camioneta nº 4, os pedroucenses maiatos das nove camionetas, acompanhadas sempre pela atenção e vigilância dos Bombeiros de Pedrouços, seguiram para Viana do Castelo,  uma das mais bonitas cidades do norte de Portugal. A sua participação nos Descobrimentos portugueses e, mais tarde, na pesca do bacalhau mostram a sua tradicional ligação ao mar.

Do monte de Santa Luzia pode observar-se a situação geográfica privilegiada da cidade, junto ao mar e à foz do rio Lima. Esta vista deslumbrante e o Templo do Sagrado Coração de Jesus, edifício revivalista de Ventura Terra, de 1898, é sempre local de partida para visita a toda a cidade.

Daí à QUINTA DO CARVALHO foi um pulinho.


Com as mesas redondas numeradas por número de camioneta, foi o requintado salão de verdura fresca envolvente, preenchido pelos seniores de Pedrouços.

O almoço para cerca de 450 pessoas, iniciou-se com boas entradas bem regadas, a que se seguiu o almoço a sério e a valer e… até dizer, chega!

O pé de dança, de convívio alegre e festivo, animou ainda mais a grande confraternização de todos, com grande entrega dos elementos do executivo autárquico, orientadores distribuídos pelas nove camionetas.

A meio da tarde, o lanche “vestido de bifana no pão e caldo verde”, dançou em todas as mesas redondas, até que, a senhora presidente da Junta, D. Isabel Carvalho, discursou para agrado de todos os presentes, descrevendo a forma organizada e tão bem correspondida. Os seus agradecimentos estenderam-se aos seus colegas no executivo, à boa receção de acolhimento e bem servir da Quinta do Carvalho, aos Bombeiros Voluntários de Pedrouços e sobretudo a todos os seniores pedroucenses, para quem o evento foi promovido e que tão bem o acolheram, e certamente viveram um dia muito agradável, de grande convívio social e cultural, com passeio, almoço, música e dança, o que, como VI convívio sénior de Pedrouços, ficará na história da mais jovem freguesia da Maia.

E, antes que as dezanove horas os chamasse, todos regressaram aos seus lugares nas respetivas camionetas, e daí à av. de Nossa Senhora da Natividade, já quase pronta para a festa e romaria em honra da padroeira.

Bem-haja!

José Faria

 

ARTESANATO EM PEDROUÇOS

 ARTESANATO DE FARIA
NAS FESTAS DA SUA FREGUESIA

 
Vieira de Carvalho à entrada
Ao lado da rosa, guardião;
Olha a graça desnudada
A arte festiva do artesão.
 
O pelote em baixo junto à coruja
E os três santos, António ao lado
A impedirem que a ave fuja
Que voe dali para outro lado.
 
A latinha dos bombeiros a lembrar
Que acodem a tudo que caia
Junto a estórias de ler e recordar
No “Mensageiro e Lendas da Maia”
 
Cinco caixas cheias de dinheiro,
Moedas que não se usam agora;
São guarda joias ou mealheiro,
Cheias de moedas só por fora.
Há caixinhas também esculpidas,
Até para o peditório na missa;
Com horta de biscuit estão vestidas,
Outras com meias rolhas de cortiça.
 
Mas há muito arte nata na avenida,
A animar a alegria, a felicidade,
Muita animação, pinga e comida,
Nas festas da santa Natividade.
José Faria
 

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

ABERRAÇÃO HUMANA

 

ABERRAÇÃO HUMANA


Grita a toda a hora a mãe natureza,
Mas não a ouve a humana ousadia;
A espécie animal de tanta avareza,
Prefere a desgraça, à paz e alegria.

Envolve-se em guerras com tanta dureza,
Rezam aos deuses…parva cobardia;
Destroem as vidas com toda a frieza,
Em batalhas loucas de morte e agonia.

E o grito prossegue com inundações,
Tudo arrasando, tudo destruindo,
Com a crosta terrestre sempre alterada;

Repentinas, chuvas, calor e furacões,
Incêndios que tudo vão consumindo,
Doente a mãe terra, está descontrolada.
José Faria

O MEU LIBERTO CAMINHO

 

 
O meu caminho a Santiago,
Tem a ver com outra entrega;
A esse milagre que trago,
De mistério e de beleza.
 
Sem rezas ou adoração,
Às crendices inventadas;
Que só há libertação,
Sem gerações controladas.
 
Gosto de lendas, de estórias;
Que constam nas religiões;
Dos inventos de memórias,
De sacrifícios e orações.
 
Não estraguem a probidade,
Embaraçando a juventude;
Que a jornada com verdade,
Requer mais plenitude.
 
Não nos façam adotivos,
Voltamos à terra, é certeza;
Somos apenas seres vivos,
Filho da mãe natureza.
José Faria
 

NAS ONDAS DO RIO DOURO

 

NAS ONDAS DO RIO DOURO
 
Vai à pesca, mas não pesca,
E disso nem quer saber;
Só quer sol e água fresca,
E a paz do seu lazer.
 
Passam grandes embarcações,
Com as águas a agitar;
Provocam ondulações,
E lembras as ondas do mar.
 
Patos e patas, constantemente,
No rio mergulham e chapinham
Nadam ao sabor e contra a corrente.
Na dança na água todos alinham.
 
Avançam os treinos de natação,
Perde-se o medo a cada braçada;
Só se insistindo há perfeição,
Há já quem brinque a cada braçada.
 
E o sol se deita nos corpos na areia,
Com o bronzeado oferece energia;
Todos sabem disso, e têm a ideia,
Com a natureza em paz e alegria.
José Faria
 

SETEMBRO EM PEDROUÇOS - MAIA

 

SETEMBRO SOCIAL ANIMADO
NA FREGUESIA DE PEDROUÇOS
MAIA 

Quando o mês de agosto terminar,
Pedrouços oferece mais no mês seguinte;
Neste mês tem sempre muito para dar,
Em todo o ano não há outro o finte.
 
A freguesia de Pedrouços, da Maia,
Em setembro vai aquecer muito mais;
Mesmo que em férias e na praia
Aqui há arte, festa e arraiais.
 
A terceira idade vai de passeio,
Em excursão da junta de freguesia;
De convívio, de amizade e recreio,
Cultural, Social e de alegria.
 
A seguir devoção a Nossa Senhora,
Padroeira desta terra, à divindade,
Onde o obreiro pedroucense mora,
Com a Senhora da Natividade.
 
E chega do dia mundial das massas,
Já com setembro no seu terminal,
A 27 a cultura desperta em graças,
Com a cultura do Sarau Cultural.
José Faria