LETRAS VIVAS
PEDROUÇOS - MAIA - Arte, cultura e poesia de José Faria
segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
BREVE HISTÓRIA DA ALDEIA DE PEDROUÇOS
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
25º ANIVERSÁRIO DA CONFRARIA DO MAR
25º
ANIVERSÁRIO DA CONFRARIA GASTRONÓMICA
DO
MAR DE MATOSINHOS
Um quarto de século estão decorridos na vida da Confraria Gastronómica do Mar, importante embaixadora da gastronomia do concelho de Matosinhos, especialmente dos produtos oferecidos pelo mar, que banha esta interessante e histórica região portuguesa.
O jantar convívio e
aniversariante pelos 25 anos desta confraria, teve lugar no restaurante “Casa
da Pedra” em Perafita, no dia 4 de novembro, na presença da senhora Vereadora
Dra. Marta Moura Pontes, a representar a Câmara Municipal de Matosinhos, no
qual participaram diversas entidades, e amigas e amigos confrades vindos de
outras localidades, nomeadamente de Espanha, amizades e partilhas entre
confrarias gastronómicas, que há muito cruzam os seus eventos e capítulos.
A abrilhantar este jantar comemorativo dos 25 anos da CGMM, esteve o historiador Joel Cleto, que desenvolveu uma curta palestra sobre a história do concelho de Matosinhos, desde as suas origens de tempos ancestrais, à presença da atividade romana sobretudo ligada ao mar.
E porque é sobre
gastronomia a vida da Confraria, o Dr. Paulo Ramalho, representou, como Vice-Presidente,
a Comissão Regional de Coordenação e
Desenvolvimento do Norte de Portuga, para a áreas de agricultura
e pescas.
Depois das considerações
e agradecimentos por parte do Mestre Timoneiro José Manuel Ramos Carvalho, foi
altura de distribuição de lembranças de partilha e reconhecimento, a que o
confrade Fernando Manuel Silva se foi referindo e chamando pelos nomes dos
contemplados.
Para animar e
complementar culturalmente este quarto de século, cantou-se o Ino da Confraria
na voz do confrade José Faria, acompanhado à viola por Manuel Bastos.
O momento ainda mais
animado e entusiasta, deu-se com a atuação da Tuna Universitária do Porto e o grande
bolo de aniversário, depois da apoteose, acabou por se deixar retalhar e
distribuir por todos os presentes na companhia do festivo champanhe.
PARABÉNS CONFRARIA
Parabéns
confraria gastronómica do mar,
Que
Matosinhos saúde o teu aniversário;
Em
boas mesas de almoço e de jantar,
Por
este mar que promoves de berçário.
Dai
vem o alimento, a mais-valia,
Às
nossas vidas que o mar oferece;
Que
sustenta o bem-estar, a economia,
A
que o lobo-do-mar tanto agradece.
Dia
de aniversário, cantem-se os parabéns!
Confreiras
e confrades desta Confraria,
Brindemos
com água, sumos e bons vinhos;
Que
estes momentos são os melhores bens,
De
convívio, de amizade e de alegria,
Da
Confraria Gastronómica de Matosinhos.
04/11/2025
José
Faria
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
CAPELINHA VELHA DE PEDROUÇOS
A CAPELA O CRISTO E A COBRA
Pedrouços – Maia
Não há na Maia respeito pela
divulgação,
Dos valores culturais das suas
freguesias,
Até as ensacaram, chamaram-lhe
união,
Destruindo-lhes a história das
literacias.
Pedrouços não entrou na parva inovação,
Destrutiva dos valores, de tantas
alegrias;
Mas continua tão servil, à má
divulgação,
Ao poder municipal feito de
burguesias.
Pois a história verdadeira ou de
ficção,
Que os maiatos tem ao pé da porta,
É a que mais sentem no seu dia-a-dia;
Mas só o apelo às missas de
religião,
De pastores e de políticos os
exorta,
A esquecerem o passado com
alegria.
José Faria
As origens da capelinha construída
por promessa em louvor ao Senhor dos Aflitos, na cidade de Pedrouzos, remontam
ao ano de 1440, segundo me confidenciou Avelino de Moura Lopes, o membro da
Comissão Instaladora da Freguesia de Pedrouços, mais entusiasta e verdadeiro
sobre a história do lugar de “Petrauzos”.
“Reza a lenda que por volta de
1440, andava certo dia uma mulher do povo atarefada a estender roupa sobre
penedos, giestas e mato, no cimo do monte, quando foi surpreendida por uma
grande cobra.
Como tinha uma criança ainda de
colo, deitou-a sobre uma manta à sombra de uns sobreiros junto de uns penedos,
onde habitualmente ia estender roupa a corar e a secar. A dada altura a criança
despertou com fome e começou a chorar num berreiro incessantemente, obrigando a
mãe a parar com a tarefa para a amamentar.
Pegou na criança ao colo e
aconchegando-a ao peito, e sentou-se nos penedos, como habitualmente fazia.
Ainda a mulher estava a descobrir
a mama e já a criança ansiosamente procura o mamilo da progenitora, que a abocanhou
sofregamente.
Cansada e meia sonolenta a
amamentar o filho naquela manhã de verão, a mulher não se apercebeu que o
cheiro do seu leite atraíra uma cobra que deslizava junto a seus pés. Saíra de
uma abertura no penedo onde se sentara e deslizando silenciosamente, subiu-lhe
para o regaço. Quando se apercebeu da enorme cobra sobre o peito, ao lado do
filho, despertou e aflita, quase estática de medo, com a cobra perto da boca da
criança, e num estático desespero, pôs-se a rezar baixinho, quase sem respirar.
Pediu ao Senhor dos Aflitos que a
livrasse do bicho, da cobra que poderia matar e matar o seu filho.
Parecendo obedecer a ordem divina
ou à sua prece, a cobra sem lhe provar o leite nem a morder, deixou-se deslizar
lentamente do regaço abaixo até cair no chão, e foi de novo recolher-se,
entrando no buraco por onde saíra.
Acreditando tratar-se de milagre,
a roupeira ajoelhou-se a rezar e a agradecer ao Senhor dos Aflitos por a
escutar, prometendo mandar construir uma capela junto ao caminho na encosta do
monte.
A lenda contada em verso:
Andava uma mulher na lida,
No cimo do monte a estender;
A roupa lavada e espremida,
Por
necessidade e dever.
Lá no cimo junto à ermida
A São Pedro foi secar,
Roupa lavada, espremida,
Mas pôs-se o filho a chorar.
Deitado em fetos e rama,
Nuns sobreiros, a criança;
Chora por leite e mama,
E a roupeira logo a alcança
Pega o filhinho no colo,
Ficou a lida a esperar;
Deu-lhe a mama e consolo,
Já cansada e a dormitar.
Pela brecha do penedo,
Onde se fora sentar;
Uma cobra sai sem medo
E começou a deslizar.
Assustada a roupeira,
Pôs-se aflita a rezar,
Mas a serpente matreira,
Foi o seu leite cheirar.
Com a cobra junto ao peito,
A rezar naquela hora
Que milagre fosse feito,
Que o bicho fosse embora.
Pela graça recebida
A capela ali ergueu;
Foi pela fé construída,
Como ao senhor prometeu.
O milagre está presente,
Essa pequena, grande obra;
Pela promessa da crente,
Com capela, Cristo e cobra.
NÃO SÃO VERDADE NEM MENTIRA;
São arte cultural da literacia,
Como cereja no topo do bolo,
Transmitida aqui em poesia.
SOBRE A VIDA, ARTE, CULTURA, MÚSICA, ESTÓRIAS E LENDAS DE OUTROS POVOS… DO QUE DO SEU PRÓPRIO POVO.
(Enquanto sabemos e falamos dos outros, não falamos nem sabemos de nós!)
Medite e questione-se sobre a sua vida, o seu caminho,
A sua jornada…de vida. – PORQUE O RESTO É TRETA!
José Faria
QUINTA DO PALACETE DA PONTE DA PEDRA
Quinta e Palacete frequentado por Camilo Castelo Branco
quando passava férias no Porto, há muito abandonado pelo Estado português
Numa das
minhas caminhadas pelas margens do rio Leça, por Águas Santas e Milheirós, até
ao centro da Maia, trouxe-me de regresso em direção a São Mamede de Infesta e
daí a Pedrouços.
Mas foi, mais uma vez, que a minha observação e atenção despertou para factos e
testemunhos históricos que sempre encontro nas minhas caminhadas ou pedaladas,
desportivas e culturais.
Assim, no regresso da Maia, já depois do Catassol e da Santana, atravessei a Ponte
da Pedra, por cima do rio Leça, em direção a São Mamede Infesta, por essa tão
antiga estrada romana que ligava a cidade de Olisipo (Lisboa), à capital da
região da Callaecia, a cidade de Bracara Augusta (Braga), e que passava por
Cale (Porto/Vila Nova de Gaia), cuja construção da ponte, “Ponte da Pedra”,
remonta ao século II d.C..
Se esse despertar de memórias e de histórias me recordaram leituras sobre a
Romanização das terras da Maia, lembraram-me também tempos mais recentes, dos
anos 50/60, os passeios de barco no rio Leça a dez testões hora, aí junto à
“Ponte da Pedra”.
Um despertar mais triste envolto em lamentação, ficou-se-me pelas ruínas da Quinta e Palacete mesmo ao lado da ponte, sobranceira ao rio Leça.
Datada do século XVIII, mas possivelmente ainda mais antiga, foi designado durante décadas como Palacete Oitocentista.
“No âmbito das comemorações do Bicentenário de Camilo Castelo Branco, a Biblioteca Municipal Florbela Espanca, de Matosinhos, desenvolveu uma oficina literária, ministrada por Dália Dias, para seguir os passos do escritor por uma geografia cheia de histórias, que incluiu, de Monte Córdova a Leça da Palmeira, com paragem na Ponte Pedra e logicamente, junto ao Palácio Oitocentista onde ele passava férias junto ao rio, que nasce precisamente em Monte Córdova.
Consta
também que aqui se instalou o rei D. Miguel durante a guerra que travou com o
seu irmão D. Pedro IV.
Já no início do século XX, a Quinta e Palacete da Pedra foram doados ao estado
português, que aí albergou pessoas idosas até ao 25 de abril de 1974, altura em
que o palacete ficou disponível para alojamento de famílias retornadas das
ex-colónias.
Mais tarde, em 2005, deflagrou aí um grande incêndio que devastou grande parte
do palacete, ficando apenas as paredes exteriores.
Assim
ficou abandonado, até hoje.
02/11/2025
José Faria
BREVE HISTÓRIA DA ALDEIA DE PEDROUÇOS
BREVE FRAGMENTO DA HISTÓRIA DA ALDEIA DE PEDROUÇOS. MAIA "Paróquia de Santa Maria de Águas Santas Aldeias de Pedrouços e São Gemil .....
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