domingo, 1 de abril de 2012

MORREU A TRABALHAR


MORREU A TRABALHAR

Viveu muito tempo em barracão,
Depois prefabricado, bem melhor.
Meio podre, de madeira e com bolor,
Era o lar do operário em construção.

Em meio século de vida entregou
A arte de construir habitação,
Cinquenta anos duros, labutou,
Sempre a viver carente em barracão.

Toda essa vida sempre a trabalhar,
Desde criança, sempre a construir;
Um dia parou-lhe o coração,
Sem mais nem menos, sem se ver razão:
Caiu por terra, deixou de existir.

Alguns amigos e um familiar,
Assistiram ao velório, fim de vida:
Do bolso ajudaram a custear,
As despesas da sua partida.

E não houve noticia em jornais,
Nem noticia de televisão:
O futebol era um dos ideais,
Do operário que morreu do coração.
 
José Faria

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