CITÂNIA DE SANFINS
(Texto e poema para leitura de filme no local)
Aqui,
em Sanfins de Ferreira e ocupando a Sudoeste parte da freguesia de Eiriz, no
concelho de Paços de Ferreira, se instalou e se desenvolveu uma população muito
antes da chegada de Cristo a este planeta que designamos de Terra.
Segundo
registos, no Site cultural da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, (de onde retirei estes apontamentos)
há vestígios de ocupação humana já no ano 11 antes de Cristo. - Outros
falam em relevantes vestígios no ano 5, mas com maior intensidade e vivência no
ano 1 antes de Cristo.
Tratou-se
de uma civilização castreja, ora, e há muitos CASTROS que muitos de nós conhece em quase todo o norte litoral.
- “Os castros eram povoados fortificados, situados num
lugar estratégico para facilitar a defesa da população. Tinham também que dispor
de acesso fácil a recursos alimentícios e água, pelo que se situam
habitualmente entre a zona de montes e prados e a de bosque e cultivo.”
Aqui, este Castro
designado de CITÂNIA DE SANFINS,
com uma área de 15 hectares, numa colina integrada numa zona de montanhas, era
a cidade – sede….. de uma região mais vasta, que abrangia as atuais de Valongo,
da Maia e de Penafiel e, … onde estava o poder político e militar.
Os romanos, com muita dificuldade, acabariam
por cá chegar, poucos anos antes do nascimento de Cristo.
Homenageemos pois, aqueles que procederam
primeiramente aos estudos, às escavações e registos desta Citânia de Sanfins., aos historiadores como Francisco Martins Sarmento e José Leite de Vasconcelos. As suas
escavações iniciaram-se em 1944 e prolongaram-se por mais 50 anos. Novas
escavações se sucederam por C. F. da Silva. De 1972 a 1974, foi a vez de Carlos
Alberto F. de Almeida - Entre 1977 e 1983, uma nova equipa da Faculdade de
Letras do Porto, sob a responsabilidade de Armando C.F. da Silva e Rui Sobral
Centeno, novas escavações, que terminaram com um projeto de musealização da
Estação Arqueológica.
Depois,
já em 1995, promoveu-se a reconstrução etnoarqueológica de um núcleo
habitacional, e foi feita uma réplica de um guerreiro, que foi colocada junto à
porta da segunda muralha, estravada entre dois enormes penedos que ladeavam uma
entrada estreita.
Por tudo isso, pela vivência desses povos e pelo
trabalho e dedicação dos historiadores e de arqueólogos e demais colaboradores
e entidades envolvidas, as Juntas de Freguesia e à Câmara Municipal, e ao povo desta região... o nosso reconhecimento e agradecimento.
Penso que todos temos a obrigação de respeitar, promover e divulgar a CITÃNIA DE SANFINS, enquanto nosso património histórico onde moram as raízes, as vivências... ! nossos antepassados.
Venham até cá, respeitem, divulguem e sintam a
presença desses povos
de quem somos descendentes.
A
Citânia de Sanfins vim visitar,
E
trago mais que um objetivo,
O
primeiro de contribuir e divulgar,
O
segundo por um treino desportivo.
De
bicicleta desde Pedrouços a pedalar,
Foi
meu gesto primeiro, imperativo;
Mas
também de a história versejar,
Para
a Citânia ter percurso mais cativo.
É
dever do saber atualmente,
De
conhecermos origens do passado.
Sobre
as vidas do povo ascendente;
No
futuro está o nosso legado,
Que
queremos seja respeitado.
Do
que fazemos hoje no presente,
José
Faria