terça-feira, 30 de junho de 2020

LENDA DE ÁGUAS SANTAS




















Segundo a lenda, por volta do século II depois de Cristo, já a Virgem Santa Maria era venerada num Convento na região de Silva Escura, nas terras da Maya.
Com a aproximação dos romanos aquando da romanização das terras da maya, estavam prestes a atingir o Rio Ave em Vila do Conde, na sua missão de se apropriar de riquezas e de destruir tudo que se relacionasse com os prosseguidores de Cristo na terra.
Sophia, a madre superiora desse convento em Silva Escura, muito devota da Santa Virgem Maria, recolheu a imagem do altar, embrulhou-a em finos panos brancos de linho e saiu correndo com duas noviças, Krissana e Mafalda, à procura de um local para a esconder, para que os romanos não a destruísse.
Depois de vários quilómetros e de muitos momentos de indecisão onde esconder a santa, acabaram por a colocar dentro de um silvado perto de uma fonte.
Logo depois de regressar, já muito tarde e cansadas, deitaram-se mas não pregaram olho toda a noite. De manhã, com grande estrondo, o convento era invadido pelos romanos que tudo destruíram e roubaram, maltratando, torturando e chacinando as freiras e noviças do convento, por não renegarem a Cristo.
Anos depois, uma mulher que habitualmente se abastecia de água da referida fonte, reparou num estranho embrulho de pano dentro do silvado. Arrastou-o para junto de si com um pau, para não se picar e pegou nele.
Quando o desembrulhou deparou com uma linda imagem de Nossa Senhora, de olhos molhados, como que chorando.
Muito surpreendida com o achado, a mulher correu a dar a notícia. Os populares cercaram-na curiosos e todos acharam que dos olhos da imagem da santa corriam lágrimas e quiseram ver onde foi encontrada.
Uma multidão se juntou no local dizendo que aquela nascente, aquela fonte, era fonte de águas santas.
Assim ficou para sempre e até aos nossos dias, o nome desta terra da Maia.
Mais tarde, foi construída naquele local uma igreja que se passou a chamar a Igreja das Águas Santas, tendo como orago atual Nossa Senhora do Ó.
Foi, segundo a tradição, mosteiro duplex que adotou depois a Regra de Santo Agostinho. No séc. XIV passou para a do Santo Sepulcro e no seguinte para a Ordem de Malta. (Há uma outra narrativa sobre a lenda, mas esta continua a ser a mais plausível)
É também designado de MOSTEIRO de Águas Santas e encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910, pelo Decreto de 16 de junho de 1910, DG n.º 136, de 23 de junho de 1910.[1]
(Tal como já procedi com a Lenda de Pedrouços, Lenda da Guadalupe e da Campa do Preto, também sobre esta lenda criei 8 quadras descritivas da história, que ficam a aguardar divulgação para quando (e se possível) a publicação de LENDAS DA MAIA. Até lá continuarão quadras inéditas.

Continuarei a procurar à descoberta de lendas da Maia, e muito grato ficaria que se me comunicassem se dessas "coisas" souberem, por muito insignificantes que possam parecer, poderão ser a ponta de uma meada mais lenda e mais da nossa história. - Para que não se percam estes contos, milagres, achados, promessas e lendas que fazem parte da nossa história.

sábado, 27 de junho de 2020

ARTE PÚBLICA AO PÉ DO MAR

O peixe anda no ar,
É feito de chapa cromada;
É arte para animar,
Disposta como ramada.
A anémona está pasmada,
Ao vê-los assim juntinhos,
Brilhantes e a animar,
Junto ao mar de Matosinhos.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

POR TERRAS DA MAIA E DE VILA DO CONDE


Por ruas e ruelas que primitivamente foram do caminho de Santiago de Compostela pela costa, visitei em ambiente medieval, a Igreja Paroquial de Santa Eulália de Aveleda, onde se encontra uma pia Batismal de 1817.
A Igreja datada da centúria de setecentos. A fachada pauta-se pela sobriedade, onde se destaca um pórtico rematado por um frontão de arco abatido, sobre o qual se rasga um grande janelão rectangular o qual permite a iluminação do interior do templo, sendo a frontaria rematada por uma cornija adornada nos 3 vértices, sendo o superior com uma Cruz e os laterais por dois fogaréus.”
Tem a seu lado o cemitério de capelas antiquíssimas de granito e na frente um (do outro lado da rua principal) o grande cruzeiro com as 21 cruzes da Via-Sacra que anteriormente se encontravam em muitas ruas da freguesia.
“A freguesia de Santa Eulália de Aveleda foi curato dos cónegos de S. João Evangelista integrando, então, o concelho da Maia, sendo anexada a Vila do Conde em 1871.”

OBELISCO DA MEMÓRIA


O obelisco da nossa história é louvor,

Tão heróico e imponente junto ao mar;

É memória do exército libertador,

Que o absolutismo veio derrotar.


Veio aqui um dia desembarcar,

A esquadra resistente e dura;

Para um regime moderno instaurar,

D. Pedro IV contra a ditadura.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

ENTRE RIOS E MAR


ENTRE RIOS E MAR


São os braços do mar
Que ao mar me levam,

Que amo e percorro

Nas suas margens;

Verde natureza

E frescas paisagens,

Que no meu pensamento


A alma elevam.

E já junto ao mar

Imenso e sem fim,

Até ao horizonte

De meu olhar,

No meu sentir

Enredo e porfio;

Que os braços do rio

Me trouxeram ao mar.
José Faria


BREVE HISTÓRIA DA ALDEIA DE PEDROUÇOS

  BREVE FRAGMENTO DA HISTÓRIA DA ALDEIA DE PEDROUÇOS. MAIA "Paróquia de Santa Maria de Águas Santas Aldeias de Pedrouços e São Gemil .....