quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O DISFARCE


Fui para a rua
Com minha alegria,
Diferente de mim,
Bem mascarado;
E no desfile, de fantasia;
Todo o mundo sorria,
Fantasiado.

E desfilei,
Mas não sabia,
Com quem eu ia de braço dado;
Que gesticulava com euforia
E era meu par
Bem disfarçado;

Foi tanta entrega à tradição,
Grande, o cortejo,
Ao povo se deu;
A caracterizar o bem e o mal,

Tudo foi graça de imitação,
Que a verdade da vida esqueceu;
O povo brincou ao carnaval.

José Faria

sábado, 5 de novembro de 2011

FALTA DE AMOR PELO PAÍS!




Eu já não posso mais conceber,
Ver tanta falta de amor pelo país;
Por falta de amor, está tudo a arder,
Há cada vez mais a fazer de raiz.

Não estamos todos a perceber,
Que o bem-estar e a felicidade,
Está no que temos que defender,
Da nossa terra, da prosperidade.

Se mais não dermos, há que zelar,
Quer por dever ou obrigação,
Do que é de todos a preservar,
Do nosso país, da nossa nação.

É o património, a nossa riqueza,
Que se destrói diariamente;
Por actos de crime ou de avareza,
Por tresloucada ganância de gente.

Anda tão carente a mentalidade
A cidadania, os valores de bem,
Que deixa pobre a comunidade
Maior património que a gente tem.
José Faria

SÔ PRAFÔR DEIXE ALGUMA COISINHA!






















Sô prafôr deixe alguma coisinha!
Há tantos anos lhe peço;
Vivo da sua esmolinha,
No Natal mais mereço.

Corro Santa Catarina,
Num caminhar de tropeço,
Deu-me o corpo esta sina;
Dê-me esmola que agradeço.

Já todo o Porto conheço,
Sabe Santa Catarina!
Toda a praça e capelinha...
 
Onde mais eu permaneço!
No Natal há mais bom senso;
Sô prafôr deixe alguma coisinha!

(Sobre um pedinte da Rua de
Santa Catarina, na cidade do Porto. Portugal)
José Faria

PARABÉNS!



Parabéns, parabéns, parabéns!
Que mais posso dizer se a ti quero:
Se és meu mundo, eu sou o que tens,
De ti e filhas amor espero.

E dos genros claro! Novos filhos!
Que nos vem a vida preencher,
E nos dar ocupação em novos trilhos,
Para ajudarmos e seu mundo a preencher.

Mas o que me vai na alma, me mágoa,
É andares de mim desigualada,
Seres Rosa, mulher, amor,
Também patroa!?
Dois anos de mim sempre atrasada.

E ainda bem amor que a sina tens,
De nosso núcleo seres pilar mais forte,
Por tudo isso te dou os parabéns:
És a alma da família e sua sorte.

José Faria                                 

AS PENAS DO TEMPORAL



Chorava o céu, ali, tão loucamente,
Por cima de plátanos sem cessar.
As lágrimas no chão eram torrente:
No jardim àquela hora a se inundar.

Do teto da cidade, bruscamente,
Teimosas vêm as bátegas a roncar
Com o vento que teimosamente
As trás no ar em força a baloiçar.

Morrendo ou dormitando, indiferente,
Sofrendo a invernia e a penar.
Num banco do jardim jaze presente,
Um corpo de mulher a delirar.

Solidária mão de passo urgente,
Não mais correu, quedou para prestar,
Ajuda àquela pomba tão sofrente;
Que o socorro médico fez chegar,

E dali a levou tão de repente.
De colete de forças, a estrebuchar,
Terá cuidados em lugar mais quente,
Longe do jardim a se inundar.
José Faria

NINFA


NINFA DOS CORAIS

Junto aos corais de cores sorrindo,
No fundo do sentir a ansiedade;
É Ninfa que entre eles está dormindo,
Sonhando fantasia e amizade.

Oscila a incerteza  e o mar cobrindo,
O despertar carente, intimidade;
No cimo as ondas estão sorrindo,
Em vagas de fantasia e de verdade.

Ergue-se a medo a força gigante,
No sentir passageiro de prazer,
Nos braços d'água do Adamastor.

Agita-se a deusa doce, ofegante,
Vai na maré que acontecer;
Embrulha-se nas brumas do amor.
José Faria

ESPALHAM-SE AS PALAVRAS

 
ESPALHAM-SE AS PALAVRAS

Rompeu da terra, um fio de cultura,
Regato de palavras que correndo;
É arte de comunicar bem mais madura,
É saber do porvir se promovendo.

Ansiando crescer em sã candura,
Frases e versos se vão lendo;
Deslizam da fonte que perdura,
E voltam à terra, não morrendo.

Espalham-se palavras, letras, poesia!
Aromáticas pétalas no ar que nos rodeia,
De origem d’alma e do pensamento.

Suaves, dóceis e de euforia,
São do poeta, são da veia;
Que as declama sem fingimento.

José Faria

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