quinta-feira, 10 de abril de 2025

OS CANHÕES DE NAVARONE

 “The Guns of Navarone
“Os Canhões de Navarone é um filme britânico-estadunidense de 1961, um drama de guerra dirigido por J. Lee Thompson e com roteiro baseado em romance de Alistair MacLean. O filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial e mostra os esforços de um comando aliado para destruir um forte alemão que ameaçava as suas operações navais.
The Guns of Navarone é parte de um ciclo de grandes produções britânicas sobre a II Guerra Mundial, que inclui The Bridge on the River Kwai (1957), The Longest Day (1962) e The Great Escape (1963).
O roteiro, adaptado pelo produtor Carl Foreman, trouxe mudanças significativas em relação à obra da qual se baseou:
Por exemplo, foi introduzido um novo personagem, o do Major Franklin, líder inicial da expedição; Dusty Miller, no livro um ex-policial perito em explosivos, no filme ele se diz um ex-professor de química
O filme foi dirigido por J. Lee Thompson depois que o diretor original Alexander Mackendrick foi despedido.
A ilha grega de Rodes que serviu de locação, teve um local que passou a ser chamado de Baía Anthony Quinn, em referência a uma cena do filme com o ator.
Em 1978 foi filmada a sequência Force 10 from Navarone (no Brasil, Comando 10 de Navarone).”

Fonte: - https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Canh%C3%B5es_de_Navarone
(Por José Faria)

NOVA CAMINHADA

 


terça-feira, 1 de abril de 2025

LENDAS DE MATOSINHOS

 

A LENDA DE CAYO CARPO 

A lenda de Caio Carpo vem do tempo em que o território de Matosinhos ainda não era cristão. Pois casando-se ele, nobre senhor maiato com Cláudia Lobo, gaiense e descendente de um pretor romano, fizeram-se grandes festas junto ao mar. Cayo Carpo e os patrícios que o acompanhavam estavam na Praia a cavalo, quando avistaram uma embarcação. O cavalo de Carpo corre para a água, ele tenta pará-lo, mas o cavalo entra no mar e desaparece na escuridão.

Cayo Carpo, a galopa mar adentro, pelo fundo do mar até entrar numa nau que transportava o corpo de San­tiago para Compostela. Às vestes de noivado de Caio, agarram-se lhe algumas vieiras. Da praia todos os olham à distância.

Cayo Carpo, ante o cadáver do apóstolo, ficou des­lumbrado e logo ali quis ser batizado. Regressando noutra cavalgada à praia, anunciou a boa nova. E todos os seus convidados, emocionados com o que se passara, também se batizaram à vista do corpo daquele que seria Santiago de Compostela.

Matosinhos regista assim na sua história, todo este simbolismo inserido na lenda e nos caminhos de Santiago, simbolismo e registo, que tiveram origem nas praias deste maravilhoso concelho banhado pelo atlântico.

CAYO CARPO – CLAUDIA LOBO
E A LENDA DE SANTIAGO
EM MATOSINHOS

Reza a lenda, que consta na história,
Que Cayo Carpo, um maiato romano;
Casou em Matosinhos cheio de glória,
Com Claúdia Lobo, junto ao oceano.
 
Nas areias da praia em boda festiva,
De grande repasto e danças do ventre;
Toda a atenção no noivo e na diva,
Transbordava alegria em toda a gente,
 
 
Ao longe de repente, uma embarcação,
Apareceu distante dançando no mar,
E a todos criou estranha admiração,
Que o cavalo do nobre quis alcançar.
 
Correndo a galope sem se quedar,
O cavalo com Cayo Carpo não parou;
Desapareceu na noite, no fundo do mar,
E entrou numa nau que ali encontrou.
 
A nau transportava o corpo de Santiago,
A caminho de Espanha, de Compostela;
Navegava no fundo, parecia naufrago,
Tudo era mistério nessa nau tão bela.
 
Foi então que o noivo fez o pedido,
E o apóstolo ali mesmo o batizou;
Ao Cristianismo ficou convertido,
E a Península Ibérica o acompanhou.
 
Ao regressar do mar, vinha agradado,
Ainda na praia todos festejavam;
Às suas vestes tinham-se agarrado
Muitas vieiras que o adornavam.
 
Durante séculos, desde esse batismo,
Seguem os peregrinos muitos caminhos;
A vieira acompanha-os, é o simbolismo,
Da lenda de Cayo Carpo de Matosinhos.
17/03/2025
José Faria

O MILAGRE DO SENHOR DE BOUÇAS
MATOSINHOS.
 

Reza a lenda que a imagem esculpida em madeira oca, para esconder os instrumentos da Paixão de Cristo, foi atirada ao mar Mediterrâneo, pelo próprio escultor, Nicodemos, para escapar à fogueira, vindo, mais tarde, ter à praia de Matosinhos, já sem um braço.

Meio século se passou, sem que nenhum artista conseguisse reproduzir o braço que faltava à milagrosa imagem de Nosso Senhor de Bouças, até então guardada e venerada pela população de Bouças.

Mais tarde, uma menina surda-muda, que andava a apanhar lenha na praia, notou que um pedaço de madeira lhe pareceu de formas estranhas, levando para casa o feixe de lenha para alimentar lareira. Contudo, quando lançou ao fogo esse pedaço de madeira, de formas estranhas, misteriosamente, ele saltava para fora da lareira, o que leva a filha, muda de nascença, a gesticular e acabar por falar, pela primeira vez, indicando à mãe o sucedido.  Foi então que a mãe viu que aquele pedaço de madeira era o braço do Nosso Senhor de Bouças, que veio a ser colocado e ajustado à imagem.

Desta forma, o achado do braço e o milagre que deu fala à menina surda-muda, deixou a população ainda mais devota ao Senhor de Matosinhos.

Após a mudança da imagem para a nova igreja, construída em Matosinhos no século XVI, o Nosso Senhor de Bouças passou a ser conhecido por Nosso Senhor de Matosinhos, vindo daí a tradição das festas, que em sua honra se realizam todos os anos, passadas sete semanas a seguir à Páscoa.


O MILAGRE DO SENHOR DE BOUÇAS

Certo dia uma menina surda-muda,
Conhecida por Maya da Purificação;
Andava a prestar aos pais a sua ajuda,
A apanhar lenha na praia para o fogão.
 
Entre a madeira que na areia recolheu,
Um pedaço de pau pareceu-lhe estranho;
Um pouco tosco, um braço lhe pareceu,
Quer pela forma e quer pelo tamanho.
 
Regressou a casa, estranha e contente,
Ia alimentar o fogo, a sua canseira;
Mas quando lançou aquele pau diferente,
Assustou-se ao vê-lo saltar da lareira.
 
Várias vezes o lançou àquela chama,
Mas ele para fora sempre saltou;         
Admirada, por gestos logo chama,
Pela mãe, a quem por milagre, falou.
 
Nesse instante a mãe então entendera,
Que aquele pau, o braço que ali estava;
Era do santo, que há muito se perdera,
E ao Nosso Senhor de Bouças faltava.
 
Tão gratos pelo milagre, e pelo achado,
Acorreram ao Senhor de Matosinhos;
Onde o braço de madeira foi ajustado,
No Senhor de todos os caminhos.

17/03/2025 - O nome de Maya da Purificação é invenção do poeta.

José Faria

 

25º ANIVERSÁRIO DA CONFRARIA DO MAR

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