Quando
do tempo menos se espera,
Ele
muda de rosto e perde o sorriso;
E
o sol alegre de Primavera,
Dá
lugar a chuva, frio e granizo.
E
o novo fruto que da terra aparecera,
Pelas
mãos do suor, o pão que é preciso;
É
o bem da lavoura que se perdera,
Deixa
de novo todo o espaço liso.
Perdem-se
culturas que a neve queimou,
Diz-se
do arejo que semeia dor,
Repentina
descida da temperatura;
O
chão removido por quem labutou,
Chora
o seu trabalho que esteve em flor;
E
a perda de toda a sua cultura.
José
Faria 22/03/2017