TRADIÇÃO
Ando
nos braços do vento,
E
este caminhar tão lento,
Mais
me desperta a memória.
Não
vejo chegado o momento,
Da
liberdade em glória;
Parto
sem conhecimento,
De
ver a paz em vitória.
És
tu também tradição,
Que
me impede de voar;
Condicionas
a razão,
Do
homem ser, ou nação,
Que
o progresso quer tomar.
Porque
tens que ser traição,
De
quem quer continuar?
Seres
sempre repetição,
Não
te deixas libertar.
Quão
difícil a emancipação
Contigo
a perpetuar;
És
filha da religião,
Que
controla o meu voar.
Por
ser pecado ou traição,
Contra
quem não respeitar;
Esquecer-te,
dá prisão
E
só porque o coração
Quer
ser livre, quer voar!
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