EM SÃO MIGUEL O ANJO

sexta-feira, 19 de abril de 2024

AS MINHAS MÃOS NAS ENXURREIRAS

 

ABRIL NA ESCOLA DAS ENXURREIRAS

Tomei horas e canseiras,
E cuidados mais de mil;
Na escola das enxurreiras,
Está o vinte cinco de abril.
 
Querem saber os meninos,
Que lhes contem a verdade;
Sendo embora pequeninos,
São netos da liberdade.
 
Seja adulto ou petiz,
Tudo deve ser contado,
Quem mandava no país,
Foi um dia escorraçado.
 
Dava fome aos portugueses,
Tão mau era a governar,
Porque a fome tantas vezes,
Deixou o povo a chorar.
 
Certo dia os militares,
Bem armados, dominantes;
No governo aos milhares,
Prenderam os governantes,
 
Ganhou tanta felicidade,
O povo do meu país;
Democracia, e liberdade!
Faz Portugal feliz.
José Faria – 17/04/2024
 
AS MINHAS MÃOS NAS ENXURREIRAS
 
Chamaram-me à escola das Enxurreiras,
Das primárias da minha freguesia;
Querem que conte coisas verdadeiras,
De abril, da liberdade e dessa alegra.
 
Tive o batismo de ações primeiras,
Pintaram-me as mãos, o que se fazia;
Com tintas de água, vistosas, vermelhas,
Que a professora Paula às crianças fazia.
 
As marcas de mãos encheram o papel,
Esticado no chão e muito carimbado,
Uma tela de mãos muito bem marcada;
 
Foi todo preenchido aquele painel,
Com marcas de mãos tão delicadas,
E com as minhas servindo de guarda.
José Faria

 

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