EM SÃO MIGUEL O ANJO

sábado, 8 de junho de 2024

QUINTA E PALACETE DA PONTE DA PEDRA - Leça do Balio

A HISTÓRIA NA PONTE E NAS RUÍNAS
DA GRANDE QUINTA ABANDONADA
Quinta e Palacete frequentado por Camilo Castelo Branco
quando passava férias no Porto, há muito abandonado pelo Estado português
 

A minha recente caminhada pelas margens do rio Leça, por Águas Santas e Milheirós, até ao centro da Maia, trouxe-me de regresso em direção a São Mamede de Infesta e daí a Pedrouços.
Mas foi, mais uma vez que a minha observação e atenção despertou para factos e testemunhos históricos que sempre encontro nas minhas caminhadas ou pedaladas, desportivas e culturais.

Pois, ao passar na Ponte da Pedra, - pela tão antiga estrada romana que ligava a cidade de Olisipo (Lisboa), à capital da região da Callaecia, a cidade de Bracara Augusta (Braga), e que passava por Cale (Porto/Vila Nova de Gaia), cuja construção da ponte, “Ponte da Pedra”, remonta ao século II d.C..
Se esse despertar de memórias e de histórias me recordou leituras sobre a Romanização das terras da Maia, lembrou-me também tempos mais recentes, dos anos 50/60, os passeios de barco no rio Leça a dez testões hora, aí junto à “Ponte da Pedra”.

A ponte de tabuleiro plano e construída com um só arco de volta perfeita, já sofreu diversas alterações, não perdendo vestígios e características romanas.
Um despertar mais triste envolto em lamentação, focou-se nas ruínas da Quinta e Palacete mesmo ao lado da ponte, sobranceira ao rio Leça.
Datada do século XVIII, mas possivelmente mais antiga, foi designado durante décadas como Palacete Oitocentista.

“O Palacete mereceu grande atenção no século XIX, tendo sido ampliado e funcionado como residencial, e era o local predileto de Camilo Castelo Branco quando passava férias no Porto. Consta também que aqui se instalou o rei D. Miguel durante a guerra que travou com o seu irmão D. Pedro IV.

No início do século XX a Quinta e Palacete da Pedra foram doados ao estado português, que aí albergou pessoas idosas até ao 25 de abril de 1974, altura que o palacete ficou disponível para alojamento de famílias retornadas das ex-colónias.
Mais tarde, em 2005, deflagrou um grande incêndio que devastou grande parte do palacete, ficando apenas as paredes exteriores.
Até hoje! - 08/06/2024

José Faria

 

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