EM SÃO MIGUEL O ANJO

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

OS MISTÉRIOS DOS NÚMEROS 7 E 13

 OS MUNDOS OPOSTOS DOS NÚMEROS 7 E 13

 

Abordemos primeiro o número 15 que corresponde ao dia em que minha mãe me pôs no mundo.

É o número 15 resultado da multiplicação de dois números sagrados, 3 x 5 ou 5x3, e por essa razão, é considerado em algumas culturas como o produto da relação entre o divino e o humano. Mas, como para mim o divino é a própria natureza que nos criou e alimenta, esta relação mantém-se ainda com mais verdade, sem misticismo e sem invenções religiosas.

Porque, de misticismo está o número 13, sempre associado ao mal, ao azar, só porque alguns acontecimentos negativos da história, aconteceram num dia 13. Até a Bíblia lhe dá aceitação e projeção negativa ao mencionar o fim do mundo, no capítulo 13 como o apocalipse. Depois é este número também associado ao facto de na Última Ceia estarem 13 comensais (12 apóstolos e Jesus) e o resultado foi uma traição, uma tragédia; ainda mais porque na Escandinávia , existe uma tradição semelhante: segundo a mitologia antiga, o deus Baldur foi morto por uma flecha enquanto os 12 grandes deuses estavam sentados à mesa. Ele foi convidado para jantar e não pôde comparecer. Depois a Torre de Babel tombou a 13.

“A má reputação do 13 também pode ter a ver com a carta do Tarô que carrega esse valor, que é a Carta da Morte ; Corresponde ao primeiro número após a conclusão de um ciclo (12) e está relacionado a um novo começo (nascimento, morte e regeneração) passando previamente pela dissolução.”

No entanto, há pensamentos positivos para o número treze, como no caso da Maçonaria onde o 13 é um número benéfico porque está associado à transformação e é esse o objetivo que procuram, converter de simples mortais a homens iluminados que conhecem os segredos.

Ora, para combater o negativismo associado ao número 13, depois de 3 caminhos de Santiago realizados de bicicleta, escolhi o número 13 de setembro de 2021, para fazer esse caminho a pé. Houveram mais dois em datas diferentes. Mas surgiu o grande, histórico, religioso, forte e sagrado, número sete, duas vezes, acompanhados de um círculo para fazerem frente ao treze. “7X70”.

Pois este treze de setembro de 2024, perderá toda a sua mística negativa perante o número 7, porque corresponde ao meu sétimo caminho de Santiago, precisamente na companhia do número 70, tempo de existência que farei neste caminho, desde que cá cheguei num dia numerado de 15.

Porque o número sete reúne em si as maiores valências socioculturais e religiosas da humanidade; ele é  É MÍSTICO, CHEIO DE ESTÓRIAS E HISTÓRIAS, de CAMINHOS de FORÇA, EMOÇÃO, ENERGIA…É SAGRADO!


Desde os tempos imemoriais, o número SETE é, sem dúvidas, o mais presente em toda a filosofia e literatura sagrada, o que o torna também um número sagrado, perfeito e poderoso, como afirmou Pitágoras, matemático e pai da numerologia.

Funcionando como um portal, ele indica o processo de passagem do conhecido para o desconhecido, um número místico por excelência, resultado da combinação entre os números 3 e 4. O 3, representado por um triângulo, é o Espírito. O quatro, representado por um quadrado, é a Matéria. Assim, podemos dizer que o 7 é o Espírito na Terra, apoiado nos Quatro Elementos, ou, a Matéria "iluminada pelo Espírito". O 7 é a Alma servida pela Natureza.


Para os Judeus, a conceção oriental do 7 se manifesta no candelabro de sete braços (Menorah), que representa tanto a divisão em quatro partes da órbita da Lua, que dura 4 vezes 7, quanto os sete planetas.

Na Europa Medieval dava-se muita importância aos grupos de sete:

• 7 dons do Espírito Santo;
• 7 eram as virtudes;
• 7 eram as artes;
• 7 as ciências;
• Os 7 sacramentos;
• 7 pecados capitais;
• 7 pedidos expressos no Pai Nosso.

Outras "coincidências" em relação ao número sete:

• São 7 as notas musicais;
• São 7 os Arcanjos;
• São 7 as obras de misericórdia;
• Sete são os níveis de densidade da matéria que nos envolve;
• O arco-íris tem 7 cores;
• Nossas células todas mudam de 7 em 7 anos;
• Temos 7 glândulas endócrinas;
• São sete os nossos chacras;
• Os 7 dias da semana também marcam profundamente nossos ritmos.

Mas há mais a descobrir para o número sete.

Um abraço, ou… sete abraços dos sete caminhos!

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

NOVO PARQUE NO CAMINHO DE SANTIAGO, EM MILHEIRÓS - MAIA

PARQUE DE ALVURA E O CAMINHO
DE SÃO TIAGO EM MILHEIRÓS.

 

 O Parque fluvial de Alvura, orçado em 276.741,24 + IVA, apronta-se nas margens do rio Leça, em Milheirós, Maia.

Retiradas as barreiras que impediam o acesso, devido aos trabalhos de construção do parque, o mesmo, a aguardar ainda muito trabalho a executar nos caminhos pedestres, ajardinamento, colocação de barreiras junto ao rio, e de mais cuidados a ter em conta, já se encontra acessível, mas não muito aconselhado, sobretudo nas margens inclinadas para o rio (muito poluído), com o terreno de forte inclinação e sem barreiras, que devem ser colocadas com urgência.

Ainda a proceder-se a terraplanagem na margem direita do rio, do outro lado do parque, não levará muito tempo, em que o parque seja inaugurado com todas as condições e segurança.

Para quem deseja informação oficial sobre o Parque, consulte:  https://www.cm-maia.pt/viver/ambiente/ambiente/agua/parque-fluvial-de-alvura

De recordar que, por aqui passa o Caminho de Santiago da Maia, por Braga. 


E, como peregrino, reparo num pormenor (erro) que considero grave, sobretudo pelo facto de o caminho passar a cerca de 200 metros da igreja de Santiago de Milheirós. Na foto, a seta amarela do caminho a indicar em frente, (a que inclui uma seta maior) deveria indicar para a direita, para que os peregrinos seguissem a rua de Alvura, contornassem o cemitério novo à esquerda, pela rua Ponte do Argo, seguissem pela esquerda por detrás do cemitério antigo, para visitarem e contemplarem a igreja de São Tiago de Milheirós, da Maia.


 “A Igreja de São Tiago, em Milheirós, destaca-se pelo seu adro elevado com pavimento em basalto, acedido por escadaria. Ao lado da igreja encontra-se a Casa dos Milagres e a casa do pároco e, além de tudo isso, o mais importante é que não se deve “esconder” a igreja de São Tiago, a quem faz o caminho de São Tiago.”

Que a Associação dos Caminhos de Santiago, tenham em conta mais este “lapso”.

José Faria

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

PEDALADAS AO ALBERGUE DO MOSTEIRO DE VAIRÃO


EXERCÍCIO FÍSICO DE PREPARAÇÃO DO CAMINHO
E PESQUISA DA HISTÓRIA DO ALBERGUE DE VAIRÃO.

As pedaladas, com início em Pedrouços, passaram pelo centro da Maia, em direção à campa do Santo Preto em Gemundo, e daí, ao encontro do caminho de Santiago em Vilar do Pinheiro, seguindo as setas amarelas até ao Mosteiro de Vairão.
 
Para muitos peregrinos, é o excelente e acolhedor local de descanso no fim da primeira etapa do caminho, a partir da Sé do Porto, pelo caminho Central Português, ou da Costa, que se desvia deste em São Pedro de Rates, em direção a Esposende.
Quis mais uma vez (a 4ª vez), fazer o reconhecimento deste percurso e reaver a história do Albergue do Mosteiro de Vairão, contribuindo assim na sua divulgação.
“O Mosteiro de São Salvador de Vairão tem origem ainda no primeiro milénio d.C.
Indica-se no mais antigo documento que o refere, uma escritura do ano 974, que já nesta época o orago do Mosteiro seria São Salvador, para além de Santa Maria Virgem e São Miguel Arcanjo. São Salvador é ainda o padroeiro da freguesia, tendo a Igreja paroquial como orago São Bento.
Ao contrário do que acontecia nos mosteiros e conventos que conhecemos na Idade Contemporânea, era comum a existência destas comunidades religiosas dúplices, com membros de ambos os sexos, particularidade que se desvaneceu com o avançar da Idade Média. Em Vairão, a separação terá ocorrido em meados do século XII, sendo a partir daí uma comunidade monástica exclusivamente feminina.
Fonte: - https://viladoconde.com/mosteiro-de-sao-salvador-de-vairao

 
Mosteiro do Salvador de Vairão era feminino, pertencia à Ordem de São Bento e estava sob jurisdição diocesana. Antes de 974, data da primeira menção documentada, foi fundado, na freguesia do Salvador de Vairão, concelho de Vila do Conde, como comunidade dúplice.
O Albergue de Peregrinos do Mosteiro de Vairão abriu no dia 25 de julho de 2013, dia de Santiago, na sequência dos esforços desenvolvidos por Ana Lobo e Pedro Macedo, casal de peregrinos e hospitaleiros do Caminho de Santiago. Conta desde o início com o apoio incondicional da comunidade local, com destaque para a Autarquia e a Paróquia.
Mosteiro de Vairão, com mais de 1.000 anos de história e uma localização privilegiada, é o espaço ideal para acolher os peregrinos do Caminho de Santiago. A criação do albergue permitiu recuperar instalações e abrir as portas do Mosteiro à comunidade local e internacional, promovendo a sua valorização.

Com a abertura do albergue o Caminho Português de Santiago fica “completo”: na ligação entre o Porto e Santiago de Compostela, percorrida anualmente por cerca de 10.000 peregrinos, a máxima distância entre albergues é agora de 25 km, distância que separa o Porto de Vairão. Esta distância é a considerada “natural” entre os peregrinos.
 
Fonte: - https://mosteirodevairao.blogspot.com/p/quem-somos.html
(Por José Faria)

sábado, 10 de agosto de 2024

Feira Medieval da Feira - Batalha por Ceuta


Pela Feira Medieval de
Santa Maria da Feira
 
Revive-se a história portuguesa,
Santa Maria da Feira é o palco;
De lutas, conquistas e braveza,
Onde o poder do reino fala alto.
 
As trocas e baldrocas do poder,
Intrigas e disputas do reinado;
Na Feira Medieval a acontecer,
Tanto povo atento, admirado.
 
Andou a conquista de Ceuta assanhada,
Em terras de Santa Maria da Feira;
Quis D. João essa terra açambarcada;
Com D. Pedro e D. Henrique na dianteira.
 
Era já noite de luta e gritaria,
Por terra tombaram bons guerreiros;
Pela posse de Ceuta que se queria,
Onde os portugueses foram primeiros.
 

“Ainda antes de assinar a paz com o este seu único vizinho, D. João I havia lançado olhos a Ceuta e iniciou os preparativos já em 1409. O principal promotor da expedição de Ceuta foi João Afonso, vedor da fazenda, equivalente a ministro das finanças. O príncipe-herdeiro D. Duarte, o infante D. Pedro e infante D. Henrique (mais tarde apelidado de 'Infante Navegador') apoiaram com entusiasmo o projeto, pois a perspetiva de tomar Ceuta oferecia-lhes a oportunidade de ganhar riqueza, fama e glória.

 

Na manhã de 21 de Agosto de 1415, o rei D. João I deu ordens para o desembarque das tropas e um assalto geral à cidade. No entanto, quando o rei embarcou num escaler para ser levado a terra, feriu-se numa perna. Foi então dado sinal ao Infante D. Henrique para que liderasse as tropas a terra.

O primeiro a desembarcar foi Rui Gonçalves, conhecido pela sua ousadia; este encontrou resistência ao desembarcar com os seus homens na actual Playa San Amaro. O infante D. Henrique foi o primeiro infante a desembarcar à frente de um esquadrão de homens. Seguiu-lhe o seu irmão e o príncipe-herdeiro D. Duarte e, à frente de cerca de 300 homens, ambos lograram expulsar os defensores muçulmanos de volta ao portão de Almedina, que foi penetrado pelos portugueses antes que fosse firmemente encerrado.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Conquista_de_Ceuta

Desceu do castelo, o reino, as altezas,
Para ver os aldeãos em festa, em romaria,
E a sua tradição, arte e espertezas,
O comércio, a diversão e a alegria.
José Faria