EM SÃO MIGUEL O ANJO

domingo, 29 de dezembro de 2024

RIO TINTO NO PARQUE ORIENTAL DO PORTO

 FRAGMENTOS DA HISTÓRIA,
PELAS ÁGUAS DE RIO TINTO.
Passa o rio Tinto por debaixo da ponte,

Aquela ponte velhinha, no Parque Oriental;
Vai se lançar ao Douro, essa maior fonte,
Na marina do Freixo, junto à marginal.
“Rio Tinto tem o seu nome ligado ao rio que a atravessa, havendo mesmo uma lenda que explica o seu topónimo, remontando ao século IX e à sangrenta batalha que opôs as forças combinadas de Hermenegildo Guterres e Ordonho II contra o poderoso exército de Abderramão II.
A povoação de Rio Tinto é anterior à criação do reino de Portugal. O lugar pertencia ao antigo julgado da Maia, e identificava-se pela existência de um antigo convento de Agostinhas, atual Quinta das Freiras, fundado em 1062.
D. Afonso Henriques, após a criação do reino de Portugal, protegeu-o e deu-lhe foro de couto a 20 de maio de 1141, um foro que os posteriores monarcas foram renovando.

Este couto englobava as aldeias de Vila Cova, Ranha, Rebordãos, Quintã, Triana, Portela, Areosa, Pinheiro, Gesta, Brasoleiro, Forno, Santegãos, Carreiros, Medancelhe, Casal, Lourinha, Sevilhães, Perlinhas, Ferraria, Vendas Velhas, Vendas Novas, Cavada nova, São Sebastão, Vale de Flores, Soutelo, Mendalho, Amial e Mosteiro. Em 1801 tinha 2 675 habitantes.

Pertenceu ao extinto concelho de Aguiar de Sousa.
Em 26 de julho de 1867, através de um decreto, deu-se a criação do concelho de Rio Tinto. Dele faziam parte sete paróquias civis: Águas Santas, Covêlo, Gondomar, São Pedro da Cova, Rio Tinto, Valbom e Valongo. Este concelho existiu até 14 de janeiro de 1868. Em 28 de Junho de 1984 voltou a ser vila e desde 1995 cidade, agora com duas freguesias - Rio Tinto e Baguim do Monte.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

PEDALADAS PELO ESTRADÃO NO MONTE JUNTO AO RIO SOUSA, em Jancido


Apesar dos incêndios, os “Rapazes de Jancido”, sempre estiveram e estão empenhados em preservar, defender e promover, todo este património da natureza humanizada, banhada pelo rio Sousa.

Daí, em tempo oportuno e antes dos incêndios, que lhes triplicaram o trabalho de reparação de estragos do fogo, lhes dediquei, com gratidão e sentimento, esta mensagem poética.

AOS “RAPAZES DE JANCIDO”! 

Um grupo de amigos tão prestáveis,
Dedicados respeitadores da natureza;
Desbastaram tanto mato, incansáveis,
Descobriram os moinhos, esta beleza.
 
Estava o património histórico escondido,
Coberto de vegetação, tão abafado;
Nas margens do rio Sousa, em Jancido
E agora por tanta gente admirado.
 
Por estradões a caminhada é salutar,
Na frescura do monte, junto ao rio;
Dá saúde, alegria e bem-estar,
Este prazer, esta aventura e desafio.
 
Ao grupo de amigos zeladores,
Do restauro e toda a preservação;
A todos os obreiros benfeitores,
Expresso o meu respeito e gratidão.


VEIAS DA TERRA

Vim ver de novo os moinhos
A água fresca, alegre e pura;
Por estradões, rotas e caminhos,
Na paz do monte de candura.
 
Cintilantes águas destas fontes,
Saem das brechas da mãe serra;
Cantam na encosta dos montes,
Dão vida e alma a toda a serra.
 
E toda a frescura, toda esta pureza,
Que nos purga o corpo e a alma;
É dádiva e milagre da natureza,
Que a vida anima e nos acalma.
 
É milagre ignorado e esquecido,
Por tantas vidas da humanidade;
Quando a todo o mundo é oferecido,
Sem se saber do poder dessa divindade.
José Faria


segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

CASA DO ALTO - PEDROUÇOS - MAIA

 CASA DO ALTO

Foi grande mansão da agricultura,
De um tal senhor Arnaldo Ferreira;
Deixou a lavoura e tanta canseira,
Que tudo legou numa certa altura.


Desconhece a história de fonte segura,
Saber do passado? – há uma barreira,
Do bom lavrador e sua lavradeira,
Do trabalho da terra, dessa bravura.


O Manuel do alto e a Florinda,
Com o filho Neca sempre a ajudar,
Últimos caseiros desse legado;


E Casa do Alto se chama ainda,
Outro serviço anda a prestar,
Aos da velhice, ao recém-chegado.


NATAL NA MAIA -2024

 AMAI A MAIA

É a Maia a terra da amizade,
De convívio social a todo o tempo;
É o presente de contentamento,
Onde o passado e futuro é mocidade,
 
Na Maia vive a história e a saudade,
Dos maiatos e seu temperamento;
De horizontes sempre em crescimento,
Que no caminho constrói a felicidade.
 
Guardião da terra e do seu povo;
O Lidador no centro da cidade,
Representa lutas sem igual.
 
Presente a Maia em tudo que é novo,
Por progresso e fraternidade,
É semente também de Portugal.
José Faria


À festa da Maia também veio a lua,
No cimo da árvore esteve tão luzente;
Não é de ninguém, nem minha, nem tua,
Mas a árvore de Natal é de toda a gente.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

ALMOÇO DE NATAL DA CONFRARIA DO MAR

   ALMOÇO DE NATAL DA CONFRARIA
                               GASTRONÓMICA DO MAR DE MATOSINHOS 

O restaurante Chalandra, em Matosinhos, foi o local ideal e possível, escolhido pelo Mestre Pioneiro José Manuel Rocha de Carvalho, para juntar num excelente almoço convívio de Natal, os irmãos confrades, confreiras, familiares e amigos.

Meia centena de amantes da Confraria Gastronómica do Mar de Matosinhos, onde se incluíam figuras da política autarca local, da educação, da medicina, da arte e onde não faltou a complementar o convívio, poesia declamada por José Faria, inspirado pela presença do seu amigo confrade declamador Júlio Almeida, intervenção que contemplou os sonetos de Florbela Espanca (Vaidade); de Machado Assis (Soneto de Natal),  “Naquela Janela virada para o mar” de Tristão da Silva; (Aos Lavradores) de José Faria, e o mais importante de todos os sonetos da autoria do declamador, foi aquele que, com entusiasmo e gratidão à Câmara Municipal, foi declamado logo no início do momento poético:

 

“A Sede da Confraria Gastronómica do Mar de Matosinhos”

Há uma nova alegria e mais progresso,
Um novo caminho está-se a projetar,
De convívios de amizade e de congresso,
Na Confraria Gastronómica do Mar.

A ausência de sede era um tropeço,
Impedimento de melhor se organizar,
A Câmara Municipal, num justo apreço,
Com uma sede nova a quis contemplar.

Novos projetos, maior será o crescimento,
A elevar a terra e o mar de Matosinhos,
Para os confrades, maior a felicidade;

Lembrando as vidas do mar, e o sustento
À mesa, e regadas com bons vinhos,
De que não pode fugir a humanidade.


Depois de bem comidos, bem regados e conversados, a despedida foi contemplada com um vaso de Flor de Natal a todos os presentes.

Só para realçar, que o saber não ocupa lugar, a Poinsétia (flor de Natal), antes de ganhar a fama que ganhou, mais nesta altura, vivia no México e Guatemala e chamava-se “Cuitlaxochitl”, que significa flor que cresce no solo.

O nome POINSÉTIA veio mais tarde, em homenagem a Joel Roberts Poinsett, um embaixador estadunidense que levou a planta do México para o seu país por volta de 1820. Já no Brasil há quem lhe chame “Bico-de-Papagaio.



Assim, com a poinsétia ou com o bico-de-papagaio ao colo, lá se despediram os convivas da Confraria Gastronómica do Mar, já com informação de outros eventos confrádicos, incluindo o próximo Capítulo em 2025, naturalmente com novas entronizações.

Para todos os irmãos desta confraria do mar de Matosinhos, o primeiro desafio em 2025, é o de coadjuvarem em criar condições à sua sede social na rua de Brito Capelo, para os eventos que se avizinham.

Feliz Natal - Bom Ano de 2025