A
BELA IGREJA DO BOM JESUS DE MATOSINHOS
E
A LENDA DO NOSSO SENHOR DE BOUÇAS
Atualmente, dificilmente se observam vestígios desse templo inicial, dado que este foi profundamente alterado no século XVIII.
Asa remodelações deram-se
tanto na capela-mor, como no restante edifício, e tiveram a assinatura de um
nome bastante conhecido no Norte de Portugal, Nicolau Nasoni. O arquiteto
italiano também foi responsável pela fachada barroca, totalmente nova, que
continua a impressionar quem a vê a partir do bonito adro ladeado por plátanos.
Entrar no edifício permite apreciar a imponente talha dourada que reveste o seu interior e a figura de Cristo crucificado – uma escultura em madeira, com dois metros de altura, com origem na idade média, entre finais do século XII e início do século XIII.
Segundo a lenda, a peça
terá sido apenas uma das várias esculpidas por Nicodemus, que, mais tarde,
seriam atiradas ao mar mediterrânico. E, a mais perfeita delas todas, meio
século depois, daria à costa no mar de Matosinhos, no dia 3 de maio de 143, mas
já sem um braço, o qual foi achado por uma jovem surda e muda que apanhava
lenha no areal da praia.
Quando em casa a jovem o
colocou na lareira, esse pedaço de madeira (braço) teimava em saltar para fora
da lareira, o que levou a jovem a chamar pela mãe, dizendo à mãe para não
insistir, que aquele pedaço de madeira era o braço que faltava ao Nosso Senhor
de Bouças.”
(Texto da revista Evasões
– especial, Matosinhos ao sabor do mar, da arte e da história)
Foto do XXIV Capítulo da
Confraria Gastronómica do Mar de Matosinhos.
A lenda em poesia, contada por José Faria:
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