EM SÃO MIGUEL O ANJO

terça-feira, 17 de junho de 2025

A LENDA DO SENHOR DE BOUÇAS - MATOSINHOS

 A BELA IGREJA DO BOM JESUS DE MATOSINHOS
E A LENDA DO NOSSO SENHOR DE BOUÇAS

“A igreja do Bom Jesus de Matosinhos terá sido mandada erguer no século XVI, pela Universidade de Coimbra, para substituir um templo que existiria nas proximidades, no lugar de Bouças. À frente da sua construção esteve João de Ruão, um famoso arquiteto da época, ao qual se juntou Tomé Velho, já na fase final da edificação. Edificação essa que  em vez dos quatro anos previstos, acabou por demorar vinte.

Atualmente, dificilmente se observam vestígios desse templo inicial, dado que este foi profundamente alterado no século XVIII.

Asa remodelações deram-se tanto na capela-mor, como no restante edifício, e tiveram a assinatura de um nome bastante conhecido no Norte de Portugal, Nicolau Nasoni. O arquiteto italiano também foi responsável pela fachada barroca, totalmente nova, que continua a impressionar quem a vê a partir do bonito adro ladeado por plátanos.

Entrar no edifício permite apreciar a imponente talha dourada que reveste o seu interior e a figura de Cristo crucificado – uma escultura em madeira, com dois metros de altura, com origem na idade média, entre finais do século XII e início do século XIII.

Segundo a lenda, a peça terá sido apenas uma das várias esculpidas por Nicodemus, que, mais tarde, seriam atiradas ao mar mediterrânico. E, a mais perfeita delas todas, meio século depois, daria à costa no mar de Matosinhos, no dia 3 de maio de 143, mas já sem um braço, o qual foi achado por uma jovem surda e muda que apanhava lenha no areal da praia.

Quando em casa a jovem o colocou na lareira, esse pedaço de madeira (braço) teimava em saltar para fora da lareira, o que levou a jovem a chamar pela mãe, dizendo à mãe para não insistir, que aquele pedaço de madeira era o braço que faltava ao Nosso Senhor de Bouças.”

(Texto da revista Evasões – especial, Matosinhos ao sabor do mar, da arte e da história)

Foto do XXIV Capítulo da Confraria Gastronómica do Mar de Matosinhos.

A lenda em poesia, contada por José Faria:

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