AS SARDANISCAS DO VELHO MURO
As sardaniscas, lagartixas, taruítas, osgas, gecos,
catongas, bribas, bibas ou sardanitas, sempre me fascinaram desde criança,
desde quando “estupidamente” me entretinha a caçá-las.
E os erros que se cometem, sejam em criança ou em
adulto, muitas vezes acontecem por falta de conhecimento, pois a única coisa que
ouvia dizer dos mais velhos era: “Não mates as sardaniscas, se não vem chuva”
Nesse cuidado e afirmação, subentende-se que quando não
se veem sardaniscas, é porque não há sol, logo, poderá estar chuva ou para vir
chuva.
Fazem sempre lembrar os crocodilos e outros répteis semelhantes que muito necessitam do calor e da energia do sol, para aquecerem o corpo e o sangue, por isso a sua
longa exposição, sempre o que sol lhes “sorri”.
Sempre atento e observador nas minhas caminhadas, deixo
que a minha objetiva se apronte ao passar junto de velhos muros esburacados,
sempre que esse sol sorridente me acompanha.
Por isso hoje ofereço-vos as imagens destes habitantes dos muros velhos de Pedrouços, espécie originária da África,
que habita em todas as zonas temperadas e quentes do mundo.
Como são muito importantes para o meio ambiente, enquanto insetívoros e "controladores" de pragas domésticas,
deveria haver muito mais cuidado e até proibição de utilização de herbicidas e inseticidas,
pois contribuem muito para a sua morte e desaparecimento, com repercussões
muito negativas para o equilíbrio ambiental.
RESPEITE AS OSGAS
As sardaniscas tão refasteladas,
Recebem o sol, o aquecimento;
Parecem dormir, mas estão acordadas,
Atentas a todo e qualquer movimento.
José Faria
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