A VELHA QUINTA DE PAREDES E O SEU BRASÃO
Com datas de 1616 e 1736, de características “acasteladas”, sobressai sobre a entrada principal o brasão em granito que se encontra amparado por duas robustas volutas que rematam, em altura, aquela
Com datas de 1616 e 1736, de características “acasteladas”, sobressai sobre a entrada principal o brasão em granito que se encontra amparado por duas robustas volutas que rematam, em altura, aquela
DE SÃO PEDRO DE AVIOSO – MAIA
Depois daquela visita às terras de São Pedro de Avioso, na Maia, nomeadamente à sua monumental igreja no seio do povoado e dos milhais, segui adiante até atravessar o parque de lazer, merendas, desportos de manutenção física e demais atividades lúdicas oxigenadas e sombreadas ao ar livre, e à brisa suavizante do Parque de Avioso, da Maia.
À saída, ao contrário de virar à direita em direção ao Castêlo da Maia e Quinta da Gruta, pedalei à esquerda e fui ter a Guilhabreu, Azevedo e Vilar do Pinheiro. De visita demorada à igreja paroquial de S. Martinho de Guilhabreu, mandada edificar em 1885, verifiquei que é um dos mais belos e grandiosos templos do concelho de Vila do Conde.
Das pesquisas efetuadas, constatei que “exteriormente sobressai a Torre Sineira em posição central, e a frontaria divida em três tramos por molduras lisas verticais de cantaria. O interior do templo é de uma só nave e está subdividido em capelamor e corpo da igreja com seis altares em talha dourada de excelente qualidade.
Do adro da igreja o visitante pode contemplar a extensa e multifacetada paisagem de casario, quintas, hortas, pomares e floresta cheia de cor e brilho que se espraia terra fora e pelo mar dentro. No Centro Paroquial inaugurado a 11 de maio de 1986, estão instaladas múltiplas valências e entre elas um pequeno Museu de Arte Sacra onde é possível apreciar objetos litúrgicos de antigos usos, tais como esculturas, mobiliário, custódias, cofres relicários, paramentaria e livros, o primeiro relógio da igreja paroquial etc., indo os principais destaques para a imagem do “Pai Eterno” que foi trazida da igreja antiga e já conta mais de 500 anos de idade, e para o resplandecente vestido de Nossa Senhora das Dores comprado em Paris no ano de 1907 pelo benemérito a residir no Brasil, Joaquim de Oliveira Maia”.
Depois da visita, fotos e filme sobre toda a riqueza histórica e
religiosa dos povos aqui patentes, que aqui vos deixo, desci
tremidamente uma longa estrada de paralelo a grande velocidade,
como podem constatar no meu registo da aplicação STRAVA, até
curvar à esquerda à procura de caminho em direção à Maia.
Ao atravessar uma longa rua silenciosa impregnada de solidão,
entre bouças e campos de milho sem fim, eis que chego a um vasto cultivo a céu aberto
entre milheirais, de produção de hortenses, como alfaces, cebolo, tomate,
rabanetes….
Se me admirei com a forma e alinhamento geométrico como cada pé de
espécie era introduzido na terra, em longas áreas de terreno nivelado, estupefacto
fiquei ao ver mais de trinta homens de cor, curvados sobre a terra num
movimento mecânico,… para não dizer robótico, introduzindo na terra os pequenos
rebentos hortícolas, alfaces e outros.
Na verdade, levou-me essa imagem ao tempo das grandes explorações em Africa, no Brasil e noutras paragens. Quis fotografar ou filmar, mas temi… e ao passar pedalando, ao ver aqueles homens (negros escravos) em Guilhabreu de Portugal, apenas soltei um sonoro BOM DIA!.. Como sempre faço com todos os lavradores que encontro no caminho, e que me respondem sempre, alto e bom som.
Os trabalhadores de cor olharam-se e olharam-me admirados, mas
nada disseram… e o capataz, o único homem de pé e de costas direitas a
controlar a prol, olhou-me de soslaio, mas fez de conta que não me viu nem ouviu.
Ainda pedalei devagarinho e a olhar para trás, a pensar no filme
ou foto, mas temi… não fosse encravar-me num mundo isolado que desconheço.
Um pouco à deriva, passei por Vilar de Pinheiro, e não pedalei
muitos mais quilómetros para me sentir em casa, na Maia, ao alcançar a estrada
nacional 13 já perto de Moreira.
Depois de atravessar o coração da cidade da Maia, depressa me pus
em Parada, subi o Boi Morto, e logo concluí mais esta minha brilhante, saudável
e cultural aventura.
Vale sempre a pena…
José Faria
POR TERRAS DE SÃO PEDRO DE AVIOSO
LENDA DA SERRA DA ESTRELA
O pastor voltou à sua cabana no alto da serra e ouviu a estrela dizer que já sentia receio do pastor se entusiasmar pelo dinheiro e deixar a estrela ir para as mãos do poderoso Rei. O pastor disse-lhe que vale mais uma amiga do que muito dinheiro e disse-lhe também com voz de profeta que daí em diante aquela serra se chamaria “Serra da Estrela”. E até agora diz-se que no alto da serra há uma estrela que brilha de maneira diferente, ainda à procura do velho pastor.
Lenda da Senhora da Lapa
Diz a lenda que a imagem de Nossa Senhora da Lapa apareceu num penedo de difícil acesso, na Beira Alta. Os devotos construíram-lhe um templo num local mais acessível, mas a imagem da Senhora “fugia” para o seu penedo sempre que a punham na nova capela. Este facto insólito ocorreu tantas vezes que os devotos fizeram a vontade à Virgem e construíram-lhe uma capela no penedo, num sítio em que para a ver o crente tem de entrar de lado, por mais magro que seja.
25º ANIVERSÁRIO DA CONFRARIA GASTRONÓMICA DO MAR DE MATOSINHOS Um quarto de século estão decorridos na vida da Confraria Gastronómica do...