A MALDIÇÃO DO
MARQUÊS E O TERRAMOTO
DE LISBOA
De Tiago Rebelo
Muito interessante, cultural e informativa, é a caminhada ao passado; caminhar por entre as ruínas de uma Lisboa destroçada e destruída quase por completo, pelo sismo de 1755.
Ver, ouvir e acompanhar, testemunhar sem ser visto, todo um emaranhado de conflitos entre os poderes instalados, as armadilhas criadas e acusações infundadas contra nobres que incomodavam o poder de um tal ministro lacaio de D. José, que eliminava tudo e todos que dele não gostassem.
Embora já proibidas as torturas
da Santa Sé, as mesmas eram utilizadas na praça pública, à martelada e
queimados na fogueira por ordens do ministro Sebastião José de Carvalho e Melo,
que assim se via livre de opositores, servindo de exemplo a quem não lhe
obedecesse.
Pena foi ter morrido de velhice e
doença, e não ter o mesmo fim de grande sofrimento e morte, como a que infligiu
na praça pública a tantos nobres, filhos e criados, que dele não gostava.
Uma obra de Tiago Rebelo que me
fascinou e me levou a recordar a história da tortura da Santa Inquisição, mas
também, dos iguais modos de castigo levados a efeito por muitos reinados de
Portugal.
José Faria
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