CAMINHADA PELO “CAMINO
DE HIERRO”
FURANDO MONTANHAS COM
17 TÚNEIS
Conhecida como a Linha
do Douro, este desativado caminho-de-ferro, percorre os últimos, com início na
Estação da Fregeneda, são 17 quilómetros da antiga linha de La Fuentede San
Esteban-Barca d’Alva. É nesta região, que o Grifo sobrevoa no silêncio
deslumbrante e imponente das montanhas, com o rio Águeda serpenteando
sorridente a seus pés, prestes a abraçar o Douro no Cais de Castilla y León.
Outras espécies nidificam nas escarpas fluviais mais isoladas, como o abutre do Egipto, a Águia-real, a Águia de Bonelli, a Cegonha-preta e o Andorinhão-real.
É aqui que se encontra
uma das maiores colónias de morcegos, que fazem do túnel 1 e túnel 3 a sua
casa. Daí que estes túneis possam fechar e impedir a passagem temporariamente,
pelo menos durante o período de hibernação do túnel 1, e no período de
reprodução do túnel 3, para não haver interferência na sua vida reprodutiva. Mesmo
quando abertos, nestes túneis é expressamente proibido apontar as lanternas na
sua direção para não os perturbar.
Percorrer todo este
caminho, requer bom calçado para caminhadas de piso muito irregular, já que
todo o percurso é feito pela linha do comboio e caminhos laterais, logicamente
todo ele de pedras soltas, durante todo o percurso que passa por 20 túneis.
As várias pontes apresentam-se como “autênticos” miradouros, elevadas a grandes altitudes sobre o rio Águeda, podendo causar vertigens a caminheiros mais sensíveis.
O Parque Natural do
Camino de Hierro, requer silêncio, contemplação e respeito…como toda a
natureza.
Camino de Hierro: Pela Rota dos Tuneis.
Camino de hierro, por vales e montes,
De olhar tranquilo sobre a natureza;
Por túneis calados ligados por pontes,
Contempla o outono com a sua beleza.
É o mês de outubro, o de mil fontes,
E nos vales no fundo, na profundeza,
Perdem-se os bosques no horizonte.
Na memória do tempo, de grandeza.
Grifos e abutres sempre a planar,
Perseguem presas, o seu alimento,
Na paz selvagem do tempo calado;
Nada lhes escapa nesse seu voar.
Sobre o rio Águeda, em movimento,
Rasgando o vento de bico afiado.
Obrigado Andreia Xará, e demais guias, companheiros da jornada e motoristas – e à Wildest
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