Cuidado com as minhas vizinhas
THAUMETOPHOEA PITYOCAMPAS
(Lagartas do pinheiro)
Moram do outro lado da minha janela
e com elas converso diariamente.
Já lhes pedi que fossem fazer os
seus casulos para o monte, onde há muitos pinheiros e mais tranquilidade. Mas
dizem que gostam mais da cidade!?
Lembrei-lhes que aqui a sua
presença corre perigo e que põe em perigo a vida de outras espécies, inclusive
humanas e outros animais.
Não adiantei nada. Teimam em
permanecer no pinheiro manso frente á minha janela, e não param de criar
casulos e mais casulos.
Vou deixar de abrir a janela e não
mais lhes falar. E ainda bem que não têm asas!
Na verdade o seu efeito de toxidade
provocado pelo contacto produz inchaço, irritação e por vezes dificuldade
respiratória. Por isso já não abro mais as janelas e evito passar perto do
pinheiro.
É que quem mexer nestas lagartas,
deve ligar para a linha SNS 24 ou dirigir-se a uma unidade de saúde, pois este inseto que ataca os pinheiros, enfraquecendo-os e provocando-lhes
a morte, em contacto com humanos, tem também muitos efeitos nocivos. No
caso de cães e de outros animais, o contacto com estas minhas vizinhas Thaumetophoea pityocampa, pode ser fatal,
pelo menos é o que diz a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Que elas
trabalham muito, lá isso é verdade! São muitos os casulos em formação num só
pinheiro, para nos primeiros meses do ano começarem a descer e passearem-se na
rua da Arroteia, em Pedrouços, Maia; e em carreirinha, como um comboio,
procurarem no solo dos jardins sitio onde se enterrarem, por causa do seu ciclo
de desenvolvimento.
Tenham
cuidado.
José Faria
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