FIGURAS DE ESTILO NA POESIA
VAMOS
DE NOVO RECORDAR
MUITAS
FIGURAS DE ESTILO
Quase
sempre estão presentes,
Figuras
de estilo na literacia;
Mais
empregues e evidentes,
Na
escrita de arte da poesia.
Despertam
as mais influentes,
E
a maioria dos poetas as criaA
metáfora na pena e nos dentes,
A
embelezar o poema de harmonia.
Muitas
continuam esquecidas,
Ignoradas
da poesia popular,
Que
carece de enriquecimento;
Se
a arte de escrever e poetar,
Requer
entrega e conhecimento,
Boa
figura não se pode se ignorar.
José
Faria
São
muitos os estilos que podem e devem contribuir para o enriquecimento e
expressividade da frase, do texto, do verso, da poesia, conto, fábula…
Para
isso deve haver o cuidado na escolha adequada ao sentimento e emoção de cada
autor, poeta/escritor/cronista/romancista… de vocábulos com certos sons
adequados ao que pretende transmitir.
As
figuras de estilo tem “um papel perfumado, embelezante, de harmonia ou
desarmonia, de paz, tranquilidade ou de revolta, consonante a sua escolha e
utilização no contexto da obra literária.
E
são muitas as que podem (e devem) vir à luz do dia no contexto da poesia, onde
melhor se enquadram e melhor se podem utilizar.
E
são tantas por onde escolher, que haverá sempre uma ou várias para constar na
mensagem poética, seja qual for o género de poesia.
Começando
pela figura de estilo, HARMONIA, que inclui harmonia imitativa e harmonia
musical. Exemplo da musical: “A justiça não pode embargar as funções de Rei,
porque é o senhor da lei.”
Exemplo
da Harmonia Imitativa: - “Como eu rio cá para dentro - de esta coisa divertida:
e eu a saber que tenho sempre mais, três quartos de hora de vida”. – Sebastião
da Gama
Mas
a figura ainda mais “badalada” pelos poetas da praça, ainda é a METÁFORA. (Como
se não houvessem mais!?)
Claro
que ela de uma forma mais objetiva, chama-se comparação, que aproxima dois
conceitos ou ideias diferentes de forma comparativa. Por isso dizia Herculano;
- “A alma árida como a urze.”
Já
na metáfora, não se compara, afirma-se: Como dizia Garrett: - “Santarém é um
livro de pedra”. Ou como escreveu António Nobre: -
“Ao
sol figura o oiro dos milhos”.
Outra
figura interessante e abrangente, que nos estende o olhar e o pensamento, é
precisamente a IMAGEM. Figura mais ampla
e mais rica de sugestões, enquanto representação mais sensível, animada e
colorida da ideia ou mensagem que o escritor/poeta quer transmitir.
Por
exemplo, como escreveu Eça de Queirós: - “Para os vales, poderosamente cavados,
desciam bandos de arvoredos.”
Mas
o melhor “ramalhete” de figuras, está, sem dúvida, na ALEGORIA, que reúne
diversas figuras, de comparação, metáforas, personificações, imagens…:
O
“Sermão de Stº António aos Peixes, do Padre António Vieira, é, quase todo ele,
uma alegoria.
Depois
vem a Ironia, muito popularmente utilizada no passado, nas expressões
populares:
Ex:
- “Que belo tratante me saíste” – ou “És um ótimo filho, não haja dúvida!”
Como
já vai longa esta “LENGA, LENGA gramatical sobre figuras de estilo, relembre-se
só o nome de mais algumas, para que os escritores e poetas iniciantes e
praticantes como eu, não se esquecerem de as utilizar também nas suas escritas,
sempre que necessário:
-
Prosopopeia, personificação ou animismo, - exagero ou hipérbole – Perífrase –
Interrogação – Supressão – Inversão – Repetição – Contraste ou antítese –
Gradação.
GRADAÇÃO
é a descrição de uma ideia ou quadro, dando-lhe uma certa ordem, progressiva ou
regressiva, às palavras ou ideias.
Como
escreveu G. Azevedo: - “Correi, subi, voai, num turbilhão fantástico…”
Já
Herculano encaixa GRADAÇÃO neste resumido texto:
“O
murmúrio imenso do arraial foi amortecido gradualmente com o fechar da noite.
Pouco a pouco, este mesmo ruído foi afrouxando, ao passo que os fachos acesos
nas chapadas dos outeiros esmoreciam. A escuridão e o silêncio reinavam até nas
atalaias.”
E
pronto!
Sabe
sempre bem refrescar gramaticalmente a palavra na literacia, na esperança de se
enriquecerem as mensagens em poesia.
Palavras,
leva-as o vento,
E
também as traz!
Às
vezes de contentamento,
Umas
boas, outras más.
José
Faria
Sem comentários:
Enviar um comentário