Anda
um som por aí no ar,
No
ar anda uma voz também;
Não
é voz de se falar,
É
uma voz de ninguém.
Chega
mesmo a assobiar,
E
como assobia tão bem;
É
como um lamento a passar,
Num
constante vai e vem.
Por
entre as brechas das casas
Das
janelas e telhado,
Sacode
árvores do jardim,
Estas
falas que tem asas,
Andam
de lado para lado,
O
vento sempre foi assim.
José
Faria
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