O CICLO REPETE-SE OU RENOVA-SE!
Certo dia, pelas energias da vida regadas de fé, esperança e sofrimento, rompes
para a vida envolto em placenta, por entre gemidos e lamentos ansiosos da tua
mãe.
Os
delicados cuidados de proteção inicia-se como propósito de entrega e
guarda de quem te deu à luz da vida e aconchega-te como um Deus.
O
tempo vai passando e vais crescendo, rodeado de cuidados, de ensinamentos, de
educação.
A
ama e o infantário, trabalho e mais trabalho, obrigam os teus progenitores a
mais corridas, despesas, cuidados, diariamente, e a consumições perante aquelas
maleitas juvenis: Chega o sarampo, o tesorelho ou papeira…
E
tu, menino, ficaste com febre, toda a noite choraste e os teus pais não
descansaram nem puderam ir trabalhar no dia seguinte. Correram contigo para o
hospital, para o centro de saúde e para médicos particulares, tantas vezes…
E
lá foste crescendo saudável, com todos os cuidados e educação.
Passas-te
a escola primaria, depois o secundário e continuaste para orgulho dos teus pais,
e, tal como com eles aconteceu, começaste a olhar mais para o espelho e
saboreares os prazeres da juventude e a alimentar a ansiedade natural da ilusão,
da amizade e do amor.
A
verdadeira e séria companhia de amizade e de amor para formar família, surgiu
no seu tempo. E consolidou-se o propósito de ambos na união matrimonial.
A
satisfação e orgulho dos progenitores elevou-se como que se o objetivo
alcançado fosse também seu.
Maior
alegria foi sentida pelos parceiros quando chegou o “rebento” daquela união, da
vossa união, que os fizeram avós pela primeira vez.
O
ciclo repete-se ou renova-se.
A
nova família segue o seu curso natural, tal como aconteceu com os vossos pais, de
entrega, de empenho e cuidado para com a sua primeira descendência.
Para
trás ficaram as lembranças, recordações e ensinamentos dos cuidados que
receberam.
O
ciclo repete-se ou renova-se.
O
tempo não para de seguir o seu curso de ensinamento, de valores de união, de
família, de sangue da mesma estirpe.
Só
na mente, no pensamento distraído e orgulhoso, tantas vezes evidente na
juventude, minado de vaidade e de alguma ostentação, leva ao temporário
esquecimento do caminho percorrido e de entrega, da luta constante por aqueles
que os trouxeram ao mundo.
O
rever, reconhecer e o despertar da história, dos seus primeiros passos de vida
até à juventude, só acontecerá quando, já sós ou só, se encontrarem próximos do
fim da sua jornada existencial.
José Faria
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