A RUA MAIS MEDIEVAL DE PEDROUÇOSRUA LUÍS DE CAMÕES
Tem o nome
do grande poeta a rua mais medieval de Pedrouços.
Pelas suas caraterísticas, a rua Luís de Camões, deveria ser em tempos muito distantes, uma das mais importantes artérias do lugar de Petrauzos. Isso vê-se no tipo de construção e nas datas gravadas no granito, padieira, na “testa” das entradas das casas dos senhores feudais. Casas de lavoura e de habitação, que nos recorda esse passado dessa rua e desta localidade maiata.
Para melhor
nos situarmos na distância, ao tempo de uma dessas datas, 1758 – MDCCLVIII – gravada à
entrada da casa dos “Cavadas”, tinham passado só três anos o terramoto tão
mortal e destruidor de Lisboa, quando ela foi construída, era nessa altura rei
de Portugal D. José I, que teve como secretário Marquês de Pombal, que muito se
entregou à reconstrução de Lisboa.
Esta rua
medieval, antes do piso ser calcetado a paralelepípedo, o chão era coberto com grandes
lajes de pedra estilo romano ou medieval, gastas pelo uso e pelo tempo, com
muitas marcas (rasgos) dos rodados dos carros puxados por animais. No seu
início, frente a velhinha capela da rua António Feliciano de Castilho, a
descida mais acentuada, era mesmo de pedreira.
Seria de todo importante a preservação de toda a fachada destas casas
antigas, pois nelas reside muita informação do que foi o passado desta
comunidade no tempo do feudalismo e esclavagismo também, fortemente vivendo da
agricultura.
Para que se “veja” a importância desta terra que foi lugar da
freguesia e vila de Águas Santas, recorde-se que chegou a ter 19 casais (casas agrícolas de grandes lavradores). Pedrouços foi o segundo lugar mais importante da Maia, já que mais importante era o lugar de Ardegães, com 21 casais, localidade ainda ais enriquecida com a intensa atividade dos mitos moinhos nas margens do rio Leça, que procediam à moagem do milho e outros cereais.
E, como sempre, ou quase sempre, gosto de complementar poeticamente estes registos informativos, sobre a terra, as gentes e a sua história…