EM SÃO MIGUEL O ANJO

quinta-feira, 15 de maio de 2025

SAIBA A QUEM SE REFERE O NOME DA RUA

 ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO
28/01/1800 – 18/06/1875
É uma rua de Pedrouços - maia

Uma boa forma de nos mantermos despertos culturalmente,
pode e deve estar na curiosidade de procurarmos saber
quem foi esse ou essa, a quem deram nome de rua:

António Feliciano de Castilho, com o seu nome numa das ruas mais longas que atravessa a freguesia de Pedrouços, na Maia, entre a Circunvalação e a rua D. Afonso Henriques, (nas Oliveiras), próximo onde existiu o Campo de Tourada da Areosa. (De que falarei mais tarde)
António Feliciano de Castilho, foi um pedagogo e um grande poeta que, apesar de ter perdido a visão aos seis anos (6), nunca deixou de escrever as suas crónicas, lendas e poesias, com a ajuda e devoção do seu irmão Augusto, e de uma memória retentiva, permitindo-lhe concluir o curso escolar e universitário com sucesso, tendo adquirido o domínio quase completo da língua e literaturas latinas, apesar da sua cegueira.
Sua primeira obra de importância, as Cartas de Echo e Narciso  (1821), pertence à escola pseudoclássica em que foi criado, mas suas inclinações românticas tornaram-se aparentes na Primavera  (1822) e em Amor e Melancolia  (1823), dois volumes de poesia bucólica melosa e prolixa.

Nas lendas poéticas A noite do Castello (1836) e Ciúmes do bardo (1838),Castilho apareceu como um romântico completo . Esses livros exibem os defeitos e qualidades de toda a sua obra, na qual a falta de ideias e de imaginação criativa e uma atmosfera de artificialidade são mal compensadas por um certo encanto emocional, grande pureza de dicção e versificação melodiosa.
Pertencente à escola didática e descritiva, Castilho via a natureza como toda doçura, prazer e beleza, e vivia na terra dos sonhos de sua imaginação. Um épico exuberante sobre a sucessão de D. João VI, rendeu-lhe um cargo lucrativo em Coimbra. Ao retornar de uma estadia na Madeira, fundou a Revista Universal Lisbonense , imitando o Panorama de Herculano, e o seu profundo conhecimento dos clássicos portugueses,  serviram-lhe bem na introdução e nas notas de uma publicação muito útil, a Livraria Clássica Portugueza (1845-1847, 25 volumes), enquanto dois anos depois fundou a "Sociedade dos Amigos das Letras e das Artes". 
Um estudo sobre Luís de Camões e tratados sobre metrificação e mnemônica, seguiram de sua pena. Seu louvável zelo pela instrução popular o levou a estudar pedagogia e, em 1850, ele lançou sua Leitura Repentina , um método de leitura que recebeu seu nome, tornando-se comissário do governo das escolas que estavam destinadas a colocá-lo em prática.
E a "Sociedade dos Amigos das Letras e das Artes" continua, séculos depois a fazer tanta falta.!

Fonte: (com algumas correções) https://en.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Feliciano_de_Castilho

(Por José Faria)

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