A LENDA DAS SETE IRMÃS
-
Narrada por Cacilda Morais, de 68 anos, de Agrochão no ano de 2000
Havia
sete irmãs que eram, a Senhora do Areal, a Senhora da Saúde, a Senhora de
Fátima, a Senhora da Serra, a Senhora do Amparo, a Senhora da Luzia e a Senhora
da Boa Esperança.
Certo
dia, quando ainda eram pequenas, as suas madrinhas ofereceram-lhes uma agulha a
cada uma, mas a Senhora do Areal perdeu a dela e, para não ficar ela só sem
agulha, tirou uma a uma as agulhas às suas irmãs. Mas quando descobriram que
quem lhes tinha tirado as agulhas fora a Senhora do Areal, resolveram não falar
mais com ela.
Os
anos passaram, as irmãs cresceram e resolveram sair de casa e mais tarde cada
qual mandou construir uma capela no cimo do monte, exceto a Senhora do Areal que
construiu a sua capela num vale, porque, como as irmãs não falavam com ela,
pensou que era melhor ficar sozinha, num lugar onde não as visse.
E
assim é como está a capela de Nossa Senhora do Areal, perto do rio Fragoso, em
Agrochão.
- Do livro – Lendas e Contos Populares Transmontanos, de Alexandre Parafita, pág. 170.
(Conclusão:
Com ou sem agulha, os crentes continuam a “coser” as suas rezas e orações em
devoção a lendas. – José Faria)
Sem comentários:
Enviar um comentário