EM SÃO MIGUEL O ANJO

segunda-feira, 5 de maio de 2025

LENDA DAS SETE IRMÃS

 


A LENDA DAS SETE IRMÃS

- Narrada por Cacilda Morais, de 68 anos, de Agrochão no ano de 2000

Havia sete irmãs que eram, a Senhora do Areal, a Senhora da Saúde, a Senhora de Fátima, a Senhora da Serra, a Senhora do Amparo, a Senhora da Luzia e a Senhora da Boa Esperança.

Certo dia, quando ainda eram pequenas, as suas madrinhas ofereceram-lhes uma agulha a cada uma, mas a Senhora do Areal perdeu a dela e, para não ficar ela só sem agulha, tirou uma a uma as agulhas às suas irmãs. Mas quando descobriram que quem lhes tinha tirado as agulhas fora a Senhora do Areal, resolveram não falar mais com ela.

Os anos passaram, as irmãs cresceram e resolveram sair de casa e mais tarde cada qual mandou construir uma capela no cimo do monte, exceto a Senhora do Areal que construiu a sua capela num vale, porque, como as irmãs não falavam com ela, pensou que era melhor ficar sozinha, num lugar onde não as visse.

E assim é como está a capela de Nossa Senhora do Areal, perto do rio Fragoso, em Agrochão.

- Do livro – Lendas e Contos Populares Transmontanos, de Alexandre Parafita, pág. 170.

(Conclusão: Com ou sem agulha, os crentes continuam a “coser” as suas rezas e orações em devoção a lendas. – José Faria)

 

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