CONDOMÍNIO GLOBAL
Nasci num concelho da área metropolitana
do Porto, rodeado por sete concelhos; Vila do Conde, Trofa, Santo Tirso, Valongo, Gondomar, Porto e Matosinhos.
O Planeta Terra é a nossa única morada

CONDOMÍNIO GLOBAL
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O Planeta Terra é a nossa única morada |
Pela sua secular
idade, o freixo de Vermoim que poderá ter “assistido” ao nascimento de Joana D’Arc
em 30 de maio de 1431, bem poderia ter influenciado no nome desta terra onde
nasceu e vive, que poderia chamar-se “Vermoim de Freixo ou Freixo de Vermoim”,
como acontece com Freixo de Espada à Cinta, Freixial, Freixofeira, Freixieiro,
Freixo de Cima, Freixo de Numão…
Pode dizer-se que a árvore de freixo é maravilhosamente resistente e sagrada, que foi muito utilizada nos cultos das antigas religiões pagãs. Pelo menos eram sagradas para o povo Celta, escandinavo e grego.
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Freixo de espada à cinta |
Merece todo o
nosso respeito até pela nossa saúde, tão indicada que é para nos tratar de
muitas maleitas.
Além disso, reza
a lenda, que D. Dinis terá adormecido à sombra de um secular freixo e que
durante o sono o espírito da árvore lhe revelou o que deveria fazer para o bom
futuro de Portugal.
Outra lenda
relacionada com esta árvore, acrescenta que o Deus Odin (um Deus nórdico nomeado
como o pai de todos), se enforcou num freixo, acreditando
que assim atingiria a iluminação divina.
Utilizando-se a
sua casca e folhas para fazer chás, infusões e cataplasmas.
Por ser muito anti-inflamatória e adstringente, diurética e desintoxicante do organismo, é comum ser recomendada para tratar a obesidade, é ainda vasoprotetora e
Com a sua casca pode fazer-se uma
decocção cicatrizante e para tratar a febre tendo mesmo sido usada pelos
antigos herbalistas ingleses para tratar a malária em substituição do quinino.
Que mais acrescentar sobre o maravilhoso freixo para que continue, se não venerado, pelo menos respeitado. José Faria
Fonte: https://www.portaldojardim.com/pdj/2016/02/10/freixo-a-grande-arvore-mitica-dos-celtas/
Depois da minha audiência sobre a Pedra do Acordo, às portas da igreja de São Pedro de Avioso, segui pela rua do Património, em direção ao parque de Avioso, do lado poente. A meio da rua, deu para admirar e fotografar de novo a velhinha e esquecida capelinha do século XII, que para ali está tão-só há muito tempo a vestir-se de musgo. Vale-lhe a companhia frontal e atenta do cruzeiro amigo, possivelmente da sua idade.
Capela esquecida do século XII |
Misteriosamente, a seu lado, mas do outro lado da rua, o imponente brasão da quinta de Paredes, mantem-se silencioso e misterioso. Muita história haveria para se contar e se divulgar, se dela se soubesse sobre as vidas vividas nesta quinta em tempos de feudalismo. Quem nos poderia ajudar a desvendar esses históricos mistérios, era a capela vizinha, mas como ninguém lhe liga, vai-se embrulhando no tempo e no musgo do esquecimento sem nada nos contar.
Quinta de Paredes |
De regresso com passagem pela igreja de Santa Maria de Avioso, pude de novo constatar pedaços do passado expostos decorativamente sobre o relvado envolvente à igreja, onde inclusive se encontram dois sarcófagos antropomórficos.
2 Sarcófagos antropomórficos |
Na verdade, tantas destas relíquias se escondem nos museus, quando a sua maior divulgação deveria estar na sua exposição no exterior das autarquias ou adros de igrejas, oferecendo-se com mais liberdade aos olhos do público. Os próprios marcos romanos, marcos miliários, que tem sido “açambarcados” para o interior de museus, deveriam ficar expostos aí, no adro da igreja ou junta de freguesia, mais próximos de onde foram encontrados. Escondidos, ninguém os vê nem os conhece.
Continuando a rota dos pedais, seguiu-se aquela que já
foi a mais pequena freguesia da Maia: Gondim. Por acaso é também a única que
ainda espera de min a criação de uma lenda, para que eu possa apresentar LENDAS
DA MAIA, contemplando todas as suas anteriores 17 freguesias.
Com o sol sempre a sorrir, desde o romper da aurora, segui por Silva Escura, e logo a seguir Milheirós, que venera o tal “Mata-Mouros”, que é o Santiago dos peregrinos. Adiante, logo me abeiro das margens do rio Leça e daí ao recolher da manhã desportiva, foi um instantinho. Por falta de mais dois quilómetros não fiz os 40 a pedalar toda a manhã. Mas valeu a pena, pela saúde física, mental, pulmonar, muscular e intelectual. "Vale sempre a pena quando a alma não é pequena" (Fernando Pessoa), ou como disse um dia António Nobre, para que não nos agarremos às dores das paredes do lar: -"Cansado das dores que o matavam, foi em viagem por esse mundo"
O
Caminho do Peregrino é para aqueles que são bons:
É
uma separação do inferno e a proteção dos céus.
O território atualmente correspondente ao município da Maia é já habitado desde a Pré-História. Foram encontrados inúmeros vestígios pré-históricos, como arte rupestre, com especial destaque para a Pedra Partida de Ardegães, mamoas, várias peças de cerâmica, arpões e pontas de seta do períodos Calcolítico (particularmente do Neocalcolítico), da Idade do Bronze e da Idade do Ferro.[9]
A Pedra Partida de Ardegães constitui um dos indícios mais notáveis da ocupação pré-histórica das Terras da Maia. Este testemunho, um bloco granítico de 3,5 toneladas, foi descoberto na década de 1930 num terreno privado no lugar de Ardegães, freguesia de Águas Santas. Terá cerca de 5000 anos (Idade do Bronze) e destaca-se pela quantidade de motivos geométricos, constituindo um excelente exemplar de arte megalítica da Europa atlântica. A Pedra deve o seu nome ao facto de ter sido possivelmente danificada por maquinaria pesada durante o processo de desmatamento que conduziu à sua descoberta. Encontrava-se à guarda da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto até 2001, data de abertura do Museu de História e Etnologia da Terra da Maia, onde se encontra atualmente em exposição permanente."
Ora, como ando empenhado em criar e recriar LENDAS DA MAIA, influenciado pelo nome sugestivo desta bouça onde se encontraram as GRAVURAS RUPESTRES, de Cova da Moura, criei-lhe esta lenda, que se irá juntar a todas as LENDAS DA MAIA:
Ardegães -Maia
VOZES DA COVA DA MOURA
LENDA DE SÃO
PEDRO DE AVIOSO
A PASTORA MAYA
LENDA DO SANTO LENHO
Moreira da Maia
Reza
a história que um fragmento de madeira da cruz em que Jesus foi crucificado,
chegou ao lugar de Moreira, das terras da Maia, vindo do Oriente.
Adorado e venerado pelo povo crente ao longo de muitos anos, essa relíquia orientou e motivou religiosamente todo o tipo de milagres pagos com doações, desde o povo mais humilde, aos senhores mais abastados e da nobreza das terras de São Salvador de Moreira.
Um dia, para grande tristeza do povo de
Moreira, essa lasca de madeira terá desaparecido. Apesar de todas as diligências e procuras ao longo de vários anos, só em 1510, ainda no reinado de
D. Afonso Henriques, é que por milagre o Santo Lenho se mostrou ao prior D.
Vasco Annes. Terá este bocado de madeira permanecido oculto durante tantos anos
debaixo da pedra de ara do altar-mor onde foi encontrado.
A notícia do achado milagroso correu veloz, levando fé, esperança e muita
alegria ao povo crente que acorreu ao Mosteiro de São Salvador de Moreira.
Era então bispo da cidade do Porto, D. Pedro da Costa, que ao
saber que foi encontrado o Santo Lenho, mandou que se fizesse um esplêndido
relicário, uma cruz de prata dourada encastoada com diversas pedras preciosas,
sendo a lasca do Santo Lenho encerrada no centro da cruz, protegida por
um vidro de cristal.
Por essa graça de Deus, mandou o bispo que a partir daí se realizassem grandes festas e a de devoção ao Santo Lenho.
As festas e cerimónias religiosas de veneração dedicadas ao fragmento de madeira da cruz de Jesus, no centro do relicário, repercutiram-se em diversas manifestações de fé desde o dia em que foi encontrado. O Dia da Santa Cruz a 3 de maio, e Dia da Exaltação da Santa Cruz a 14 de setembro, data em que se comemora a recuperação da cruz do Império Sassânida.
Reza ainda a lenda e a história que esta lasca de madeira a que chamam de Santo Lenho, operou muitos milagres, protegendo o povo da freguesia de Moreira e toda a terra maiata, e que, mesmo sendo todas as outras freguesias vizinhas infestadas de víboras, as mesmas não mordiam em Moreira; assim como nunca em Moreira caiu nenhum raio. Também, e porque esta terra sempre esteve protegida pelo Santo Lenho, não sofreu qualquer dano aquando do sismo de 1755. Venerada por todos, a lasca de madeira que dizem ter vindo do Oriente e que é da cruz em que Jesus foi crucificado, sempre favoreceu as culturas e o germinar de boas sementeiras nas terras maiatas de Moreira, sempre que o trabalho e o bom desempenho na agricultura se manifeste.
- Na verdade, muitas terras partilham a mesma lenda. Na freguesia de Grade, Alto Minho, diz-se que "na Veiga da Matança, batalha que opôs Afonso Henriques a seu primo Afonso VII de Leão, foi encontrado uma relíquia sagrada, denominado Santo Lenho, que segundo a fé cristã crê-se que seja um pedaço retirado da Cruz onde Cristo foi crucificado. Esta relíquia encontra-se na freguesia de Grade, na Igreja Matriz, num sacrário com duas portas fechado a sete chaves todas elas diferentes."
SANTO LENHO DA CRUZ DE JESUS
02/02/2021
José Faria