A ARTE LITERÁRIA E A LEITURA
DO PASSADO
O gosto e o hábito da leitura
em pequenos livrinhos do passado, ensinavam mais a ler e a escrever
corretamente, do que todas as redes sociais de poucas palavras e muitas
imagens.
O despertar para esta questão,
surgiu-me quando ao revolver os espaços parados da biblioteca, acomodei alguns
desses livrinhos muito bem escritos, cheios de história e ação.
Dei uma vista de olhos no
COW-BOY sobre “Um gun-Man À solta. Depois desfolhei outro com o título: Neve
sobre as armas… e “Frente ao Perigo” o artista na “Coleção Cascavel.
Para além de cowboyadas, haviam também
de estórias de guerra, onde a forma de se escrever corretamente, instruíam na
capacidade de correta leitura, ponderada, reagente e obediente à construção da
frase e à pontuação.
A coleção “Patrulha em Combate”,
era uma dessas séries que abordavam estórias de guerra e títulos como este: “A
Morte, Essa Desconhecida”.
Pois até por aqui, nestes
livrinhos, essa arte e literacia do passado, se aprendia muito mais do que hoje
nas redes sociais, onde correm rios de erros ortográficos, disparates literários
de todos os tamanhos, e todo o tipo de escritas e de imagens envoltas em
obscenidades insultuosas à arte e à cultura, evidenciando uma comunicação excessivamente
fácil e de qualquer jeito, onde parafrasear deixa tanto a desejar; onde o
desdém e o “bota acima e bota abaixo”, valem mais do que a EDUCAÇÃO e a
partilha de valores.
Era nesses pequenos livrinhos que
se encontrava moderação, e até aprendizagem na construção da palavra, da frase,
do texto… ainda havia as diversões aos quadradinhos com o Tio Patinhas a dar lições
de poupança, e da sua caixa forte, que aos pequenos (e grandes) leitores, tanto
motivava à posse de mealheiro para guardarem do “riso para a chora”.
Muitas lições e aprendizagem continham
esses livrinhos de bolso quase esquecidos.
VALOR DA ARTE
Há olhos
pequenos em pequeno pensamento,
Tão pobres na
leitura da arte e do autor,
Pela forma de
ver, e fraco entendimento,
Valoriza o
tamanho e nunca o seu valor.
Seja
escultura, livro ou monumento,
Só a vê se
com esplendor,
Pois no tamanho
é que vê o talento;
Quando a arte
requer olhos de condor.
Até no grão
da semente a vida é grata,
E se mostra
em pequenas dimensões,
Na imensidão
da arte e seu louvor;
Vale mais um
grão de ouro ou de prata,
Do que tantas
inúteis construções;
Ou que
grandes livros só de capa.
José Faria