Quando o sol está de feição sobre os velhos muros, onde as sardaniscas se expõem ao sol a carregar as baterias, ou a aquecer o seu sangue-frio, adoro as fotografar.
Desde
criança que vem este respeito e admiração por este pequenino e gracioso réptil.
Também designada de lagartixa, répteis sáurios da família dos Lacertídeos, que
nos faz lembrar os crocodilos e jacarés em ponto pequenino, a sardanisca pode atingir uma média de 10 anos de vida e
medir até 10 cm, sem incluir a cauda. Esta cauda é mais longa que o corpo e pode se
estender ainda mais se a lagartixa se sentir ameaçada.
Quanto à sua pele, é coberta por escamas minúsculas,
com maior preponderância nas costas do que no abdómen. As cores e tons oscilam entre
verde-escuro, verde-claro e castanho.
Da curiosidade que sempre me fascinou e
intrigou, está o facto de a sardanisca, quando perde a cauda por que quer, por
defesa, ou por acidente, ela volta a crescer.
Pois, para se defenderem, como acontece com outros lagartos; as lagartixas são capazes de soltar a cauda por autotomia (mecanismo conhecido como auto = voluntário, próprio e tomia = partir, cortar). Elas forçam uma fratura num ponto específico do
rabo, que se desprende de forma indolor e continua se movimentando, distraindo
a atenção do predador enquanto fogem. Essa estratégia pode ser repetida, porém,
a cada episódio, o rabo ficará mais curto. Se a rutura da cauda for forçada,
por acidente, mordida ou uma pisão, a regeneração é completa.
Curioso é quando há ferimento sem perder a
cauda, e outra nasce-lhe no lugar do ferimento, como se a tivesse perdido, ou cresça
noutra direção ao alinhamento do rabo.
Respeite as lagartixas.
Estas fotos foram tiradas em Pedrouços – Maia em
maio de 2021.
José Faria