EM SÃO MIGUEL O ANJO

sábado, 15 de maio de 2021

CURIOSIDADES DA SARDANISCA

Quando o sol está de feição sobre os velhos muros, onde as sardaniscas se expõem ao sol a carregar as baterias, ou a aquecer o seu sangue-frio, adoro as fotografar.

Desde criança que vem este respeito e admiração por este pequenino e gracioso réptil. Também designada de lagartixa, répteis sáurios da família dos Lacertídeos, que nos faz lembrar os crocodilos e jacarés em ponto pequenino, a sardanisca pode atingir uma média de 10 anos de vida e medir até 10 cm, sem incluir a cauda. Esta cauda é mais longa que o corpo e pode se estender ainda mais se a lagartixa se sentir ameaçada.
Quanto à sua pele, é coberta por escamas minúsculas, com maior preponderância nas costas do que no abdómen. As cores e tons oscilam entre verde-escuro, verde-claro e castanho.
Da curiosidade que sempre me fascinou e intrigou, está o facto de a sardanisca, quando perde a cauda por que quer, por defesa, ou por acidente, ela volta a crescer.

Pois, para se defenderem, como acontece com outros lagartos; as lagartixas são capazes de soltar a cauda por autotomia (mecanismo conhecido como auto = voluntário, próprio e tomia = partir, cortar).

Elas forçam uma fratura num ponto específico do rabo, que se desprende de forma indolor e continua se movimentando, distraindo a atenção do predador enquanto fogem. Essa estratégia pode ser repetida, porém, a cada episódio, o rabo ficará mais curto. Se a rutura da cauda for forçada, por acidente, mordida ou uma pisão, a regeneração é completa.

Curioso é quando há ferimento sem perder a cauda, e outra nasce-lhe no lugar do ferimento, como se a tivesse perdido, ou cresça noutra direção ao alinhamento do rabo.

Respeite as lagartixas.

Estas fotos foram tiradas em Pedrouços – Maia em maio de 2021.

José Faria

 

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