DESPERTAR 3
DESPERTAR - Parte 3
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Mantém-se em voga todo o legado,
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Nas comunidades, nada de novo;
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Em todos os governos e formas de estado,
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De soberano é somente o povo.
(In - O culto da
incompetência)
Continuamos a verificar
que é mais fácil eleger e promover a incompetência, do que a competência
daqueles que, escolhidos ou eleitos, tem obrigação de dar disso provas e
contribuir para o progresso da comunidade, local e nacional.
Com as eleições
autárquicas à vista, já se vislumbra a incompetência ansiosa em ser eleita para
usufruir monetariamente desse parti-me ou full-time autárquico, e de se dotar
de poder sem competência.
Continuamos a assistir
que os cidadãos mais sérios, honestos e capazes, não se metem nisso, porque não
se querem misturar com tanto oportunismo, com a vaidade, a ostentação, com a
mentira e hipocrisia.
Por isso, nada de novo.
Estes compadrios e politiquices sem fundamento sério e servil, já em 1919 eram
debatidos em “O Culto da Incompetência”, com intervenções e análises de
Montesquieu, Aristóteles e outros filósofos entendidos nas organizações do
poder das comunidades locais ou nacionais.
Por aí se faz a boa
comparação entre esses poderes organizados (de estado) e por exemplo, com uma
casa comercial ou industrial bem organizada e próspera.
Aí, cada um faz só o que
aprendeu e o que é mais capaz de fazer; o operário tem a sua ação determinada,
tal como o tem o guarda-livros, o administrador, o expedidor de encomendas,
etc.; ninguém, certamente, se lembraria de mandar o guarda-livros desempenhar
as funções de caixeiro viajante, substituindo-o na sua ausência pelo
contramestre, por um artífice ou pelo próprio caixeiro viajante cujo lugar fora
exercer.
Da mesma forma que uma
sociedade bem constituída será, sem dúvida, uma sociedade em que cada órgão
tenha a sua função bem precisa, isto é, em que aqueles que aprenderam a
administrar administrem, os que estudaram jurisprudência façam leis ou corrijam
as existentes, para que os que aprenderam legislação as apliquem, e em que não
se não confiem as funções de carteiro a um paralítico.”
Ora, o que se verifica na
atualidade (mais de cem anos depois), é que continuam a candidatar-se a estas
organizações sociais do poder, local e nacional, com o apoio de Partidos
Políticos, de compadrios e “seitas”, o oportunismo, a vaidade, a ostentação, a
mentira, hipocrisia da incapacidade, pela ausência de conhecimento ou
formação para os cargos políticos públicos a que se candidatam.
Melhor dizendo: continua
a permitir-se e a promover-se o “Culto e o Desempenho da Incompetência” na
gestão da causa pública.
José Faria
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