EM SÃO MIGUEL O ANJO

quarta-feira, 5 de maio de 2021

DESPERTAR 3

 

DESPERTAR - Parte 3

- Mantém-se em voga todo o legado,
- Nas comunidades, nada de novo;
- Em todos os governos e formas de estado,
- De soberano é somente o povo.
 
(In - O culto da incompetência)
Continuamos a verificar que é mais fácil eleger e promover a incompetência, do que a competência daqueles que, escolhidos ou eleitos, tem obrigação de dar disso provas e contribuir para o progresso da comunidade, local e nacional.
Com as eleições autárquicas à vista, já se vislumbra a incompetência ansiosa em ser eleita para usufruir monetariamente desse parti-me ou full-time autárquico, e de se dotar de poder sem competência.
Continuamos a assistir que os cidadãos mais sérios, honestos e capazes, não se metem nisso, porque não se querem misturar com tanto oportunismo, com a vaidade, a ostentação, com a mentira e hipocrisia.

Por isso, nada de novo. Estes compadrios e politiquices sem fundamento sério e servil, já em 1919 eram debatidos em “O Culto da Incompetência”, com intervenções e análises de Montesquieu, Aristóteles e outros filósofos entendidos nas organizações do poder das comunidades locais ou nacionais.
Por aí se faz a boa comparação entre esses poderes organizados (de estado) e por exemplo, com uma casa comercial ou industrial bem organizada e próspera.
Aí, cada um faz só o que aprendeu e o que é mais capaz de fazer; o operário tem a sua ação determinada, tal como o tem o guarda-livros, o administrador, o expedidor de encomendas, etc.; ninguém, certamente, se lembraria de mandar o guarda-livros desempenhar as funções de caixeiro viajante, substituindo-o na sua ausência pelo contramestre, por um artífice ou pelo próprio caixeiro viajante cujo lugar fora exercer.
Da mesma forma que uma sociedade bem constituída será, sem dúvida, uma sociedade em que cada órgão tenha a sua função bem precisa, isto é, em que aqueles que aprenderam a administrar administrem, os que estudaram jurisprudência façam leis ou corrijam as existentes, para que os que aprenderam legislação as apliquem, e em que não se não confiem as funções de carteiro a um paralítico.”
Ora, o que se verifica na atualidade (mais de cem anos depois), é que continuam a candidatar-se a estas organizações sociais do poder, local e nacional, com o apoio de Partidos Políticos, de compadrios e “seitas”, o oportunismo, a vaidade, a ostentação, a mentira, hipocrisia da incapacidade, pela ausência de conhecimento ou formação para os cargos políticos públicos a que se candidatam.
Melhor dizendo: continua a permitir-se e a promover-se o “Culto e o Desempenho da Incompetência” na gestão da causa pública.
José Faria
 

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