EM SÃO MIGUEL O ANJO

sexta-feira, 3 de julho de 2020

LENDA DE NOGUEIRA DA MAIA

NOGUEIRA DA MAIA - HISTÓRIA E LENDA
Nogueira urbanizou-se ao longo da Rua da Igreja, ou do Padre António Costa. A Igreja Matriz é uma das mais importantes das terras maiatas. Imponência criada por um artifício arquitetónico: a frontaria de um biombo, grandioso e requintado, maior do que o interior. Na torre sineira, a data em azulejo (1929) é a da sua reconstrução, pois o templo é setecentista. No interior, bem conservado, o altar-mor possui talha extraordinária. Os tetos de caixote são bem pintados. À esquerda do altar, a imagem da Senhora do Rosário, do século XVIII, e, do lado direito do arco triunfal, à expressiva Senhora das Dores. Na Igreja e no jardim lateral festeja-se em Agosto a Nossa Senhora de Fátima.
Conforme consta no site da autarquia, a região de Nogueira, remonta-nos ao ano ano de 1195, onde a Paróquia Santa Maria de Nogueira aparece mencionada no "Censual do Cabido da Sé do Porto"; usando o nome "Santa Maria de Nogueira de Vilar";
Pensa-se que a origem do no desta região “Nogueira” da Maia esteja relacionada com a existência de um grande número de nogueiras, ou de um grande exemplar desta espécie de árvores, que durante séculos existiram nesta terra, possivelmente com outros nomes que o uso linguístico foi alterando ao longo do tempo até aos nossos dias. Primeiramente, Nocaria, depois Nugaria, Ngeira, Nugueyra… Nogueira.
Abrigada no sopé do Monte da Senhora da Hora, ou do Calvário, Nogueira urbanizou-se ao longo da Rua da Igreja, ou da Padre António Costa.”
Fonte: http://www.nogueira.pt/
Curioso e para minha satisfação, aqui em Nogueira encontrei mais uma lenda, à qual, em tempo oportuno, lhe acrescentarei mais uns “posinhos” para a enriquecer sem lhe alterar em nada a traça original, conforme nos chegou do passado aos dias de hoje e, naturalmente, lhe acrescentarei a discrição de forma poética, para que em todas as lendas que possa reunir tenham a poesia.
A lenda é esta:
“Milagre de Santo António
Diz-se que um lavrador que transportava uma pipa de vinho em cima de um carro puxado por uma junta de bois, foi surpreendido por um insólito acidente quando passava em Silva Escura.
Transitando pela estrada real (um caminho medieval que ligava o Porto a Guimarães e Braga, que passava no sopé do Monte Calvário) devido à irregularidade do piso e ao provável mau acondicionamento da pipa, esta terá deslizado para trás provocando o desequilíbrio do carro.
Os bois, apoiados apenas pelas patas traseiras, estavam na iminência de morrerem asfixiados.
Ante a tragédia, o lavrador ajoelhou juntamente com o moço da soga e suplicou ajuda a Santo António de quem era devoto. O Santo apareceu, a pipa endireitou e assim o carro nivelou, permitindo a retoma da viagem. Este, milagre segundo consta, terá ocorreu na primeira metade do século XVIII. No local foi construído um nichinho para perpetuar o acontecimento. A fé do povo levou a erigir, por volta de 1770, uma capela no cimo do monte em honra de santo António.
O monte passou a chamar-se Monte de Santo António e o nome de Monte do Calvário caiu no esquecimento.”

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