EM SÃO MIGUEL O ANJO

quinta-feira, 23 de julho de 2020

VISCONDES DE GUEIFÃES E DE BARREIROS

ABRI ESCOLAS PARA INSTRUIR O POVO
E SEREIS VERDADEIROS OBREIROS DA CIVILIZAÇÃO
E DO PROGRESSO DA SOCIEDADE

DOIS RELEVANTES FILHOS DAS TERRAS DA MAIA.
Visconde de Gueifães e visconde da Barreiros.
Joaquim Carlos da Silva e José da Silva Figueira.

Joaquim Carlos da Silva, muito contribuiu para a evolução da cidade da Maia. Nasceu em 1853 na freguesia de Gueifães, cresceu numa família pobre e humilde. O pai pedreiro, a mãe lavandeira, em conjunto eram seis filhos e poucos recursos financeiros.
A crise política sentida em Portugal durante o século XIX obrigou à emigração de quatro milhões de portugueses, a maioria para o Brasil, fugindo à pobreza e à instabilidade em Portugal.
Joaquim Carlos da Silva foi um dos muitos portugueses que embarcou para o Brasil entre os seus 16 ou 18 anos. No Brasil casa-se como Maria da Conceição Silva que possuía várias terras e uma fazenda de café, ficando Joaquim encarregue de explorar toda a riqueza da sua esposa.
Com a vida estabilizada regressa a Portugal primeiramente para viver no Porto. Mas, depois da morte precoce da sua esposa volta para Gueifães, gastando o seu dinheiro em obras de caridade pela freguesia de Gueifães, como igrejas e escola, como sucede com a escola Príncipe da Beira.
Foi presidente da junta de freguesia de Gueifães e depois da inauguração da escola Príncipe da Beira foi-lhe atribuído o título de Visconde de Gueifães no ano de 1895.
Faleceu com 47 anos de idade no ano de 1900, mas a sua presença foi marcante para a freguesia que o viu crescer.

Esta escultura está adossada à arquitetura. Apresenta placa informativa de inauguração da escola com a seguinte registo:
Escola Príncipe da Beira mandada construir por Joaquim Carlos da Silva.
Inaugurada com a presença de S.S. Majestades e Altezas em 6 de Março de 1894 Abril,
Abri escolas para instruir o povo e sereis verdadeiros obreiros da civilização, e do progresso da sociedade

José da Silva Figueira nasceu em 1838. Filho de modestos lavradores, também emigrou para o Brasil com apenas 14 anos, pelas mesmas razões. Depois de uma passagem pela atividade comercial, enveredou pela construção ferroviária, tendo-se notabilizado, entre muitas outras obras, pela construção do túnel de Marmelos, pedra de toque do plano ferroviário do Imperador D. Pedro II. Foi também de sua responsabilidade a construção do caminho-de-ferro de Leopoldina.
Regressado a Portugal, e dentro do mesmo ofício, encarrega-se da construção do ramal da Alfândega, ligando Campanhã à Alfândega do Porto, o que implicou a abertura de um túnel com 1300 metros. Paralelamente, investiu na banca, nos seguros, na atividade mineira, etc.
Foi grande benfeitor, destacando-se, no Brasil, ao apoio a hospitais e albergues, e em Portugal, particularmente na Maia, sua terra natal, a oferta de terrenos e dinheiro para diversas obras públicas de grande alcance, a construção das escolas primárias Maria Pia, a oferta do andor e da imagem de Nª. Sª. do Bom Despacho, a atribuição de bolsas de estudo e outras ajudas a crianças desfavorecidas, entre muitas outras ações meritórias. Agraciado com a Comenda de Nª. Sª. de Vila Viçosa em 1878, foi-lhe concedido o título de Visconde em 1882.
A sua estátua localiza-se à ilharga sudoeste da Praça Dr. José Vieira de Carvalho.
Fonte: - https://www.cm-maia.pt/pages/1182 http://www.visitmaia.pt/pages/14/?geo_article_id=1030
Exemplos maiatos do passado, que deveriam servir de bússola aos detentores do poder no presente.
Por José Faria✍️🤔📖

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