Lenda de Gueifães – Maia
O REGRESSO DAS JUMENTINHAS

Como quinta de grande produção agrícola
que ocupava muitas famílias maiatas no amanho da terra e ainda mais na altura
das colheitas; aquando da apanha e desfolhada do milho ou das cegadas de trigo e do centeio. Chegava a
matar-se um vitelo para dar de comer a tantos trabalhadores.
Aquando das invasões francesas, os
soldados levavam tudo aquilo que lhes servia e que havia de melhor. Desta
quinta além de víveres, ouro e prata, levaram muito gado e duas jumentinhas que
eram a graça e mascotes da casa, Clara e Florinda, que eram tratadas como animais domésticos e de estimação.
Vários dias passaram até que já ninguém pensava no roubo do gado e das jumentinhas. Certa noite, já de madrugada, os criados que dormiam num casarão perto do curral, acordaram com ruídos de um batimento arrastado, contra as portadas do curral. Sorrateiramente e a medo foram ver o que era e depararam-se com as duas jumentas que arrastavam as patas nas portadas tentando abri-las para entrar. Acorreram a chamar o patrão Santos Lessa que logo veio ao seu encontro. Já junto das mascotes da quinta, verificaram que ambas tinham sobre o dorso alforges bem gordos, atafulhados de ouro e pratas.
Vários dias passaram até que já ninguém pensava no roubo do gado e das jumentinhas. Certa noite, já de madrugada, os criados que dormiam num casarão perto do curral, acordaram com ruídos de um batimento arrastado, contra as portadas do curral. Sorrateiramente e a medo foram ver o que era e depararam-se com as duas jumentas que arrastavam as patas nas portadas tentando abri-las para entrar. Acorreram a chamar o patrão Santos Lessa que logo veio ao seu encontro. Já junto das mascotes da quinta, verificaram que ambas tinham sobre o dorso alforges bem gordos, atafulhados de ouro e pratas.
As jumentinhas, Carla e Florinda,
conseguiram fugir aos franceses e como tão dadas à quinta, regressaram por
instinto ao seu lar, mais ricas do que quando foram roubadas de lá.
Esta lenda manteve-se viva por muitos
anos, porque era contada sempre que um ou mais trabalhadores ingressassem na
quinta de Santos Lessa.
- Fonte: - Junta de Freguesia de
Gueifães.
Porque procuro manter por mais tempo estas lendas, continuo a elaborar as quadras descritivas de cada uma das lendas que vou encontrando.
Concluídas as de Pedrouços, de Águas Santas, de Guadalupe, do Santo Preto, do Santo António (Nogueira e Silva Escura), vou agora debruçar-me na criação poética, através de quadras de cariz popular, de forma a descrever poeticamente esta lenda também.
Certamente que as Jumentinhas me vão
agradecer.
José Faria
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